Xuxa experimentou a face mais bizarra da bancada conservadora da
Câmara. O deputado evangélico Pastor Eurico, do PSB de Pernambuco,
acusou Xuxa de provocar a “maior violência contra crianças em um filme
pornô”. Xuxa saiu por cima, fazendo um coração com as mãos para o
deputado.
Mas pegou mal, muito mal, lógico.
O episódio, na sessão em que a CCJ discutia a chamada Lei da Palmada,
causou um alvoroço no PSB – o Pastor é correligionário e conterrâneo de
Eduardo Campos, ressalte-se.
A turma de Campos entrou em ação para apagar o incêndio. Júlio
Delgado se superou e saiu correndo para abordar Xuxa quando ela
caminhava rumo ao elevador para ir embora.
Delgado pôs para fora a persuasão de político, usando toda sua
capacidade de interpretação: olhando fixamente nos olhos e segurando as
mãos de Xuxa, mandou:
- Eu quero me desculpar muito. Em meu nome, do meu partido e em nome
do Eduardo Campos. O deputado não será mais titular da comissão e o que
ele diz de jeito nenhum representa o que pensa a bancada. Desculpe, me
desculpe, de coração.
Xuxa caiu. Não se conteve, encheu os olhos e começou a chorar, antes de responder, elegantemente:
- Olha, a minha mãe é evangélica, outras pessoas na minha família são
evangélicas. Eu sei que isso não é uma coisa dos evangélicos, mas,
individual, só daquela pessoa.
Minas.
Por Lauro Jardim
Nenhum comentário:
Postar um comentário