As famílias do bairro de Mãe Luiza que tiveram suas casas destruídas
ou comprometidas pelas chuvas em Natal, a ponto de estarem desabrigadas,
receberão da Prefeitura de Natal um auxílio financeiro de R$ 724,00,
valor referente a um salário mínimo. A determinação do benefício foi
baseada em avaliações feitas nos alugueis das casas da região e nas
dimensões das residências nas quais as famílias viviam. O auxilio será
concedido por seis meses, podendo ser prorrogado por mais seis meses.
De acordo com o secretário-chefe de Gabinete Civil da Prefeitura de
Natal, Kleber Fernandes, o texto do projeto que autoriza o pagamento do
Aluguel Social está sendo finalizado e será encaminhado ainda nesta
semana para votação na Câmara Municipal de Natal em regime de urgência.
“Como se trata de um projeto que gera despesa ao erário público,
precisamos da aprovação por parte dos vereadores. Solicitamos aos
parlamentares, através do Líder do prefeito na casa legislativa, Júlio
Protásio, para que a votação seja realizada em regime de urgência”,
disse. Apesar de o texto do projeto ainda não ter sido finalizado,
Kleber informou que o valor do Aluguel Social já está definido.
“Nossa intenção é de que seja concedido o valor de um salário mínimo
para essas famílias que estão fora de suas casas, seja por razões de
destruição das residências ou risco de desabamento. Esse valor foi
baseado nas locações das residências nessa região de Mãe Luiza e no
porte de cada casa comprometida”, explicou.
O cadastramento das famílias que receberão o auxílio financeiro da
Prefeitura de Natal está sendo realizado pela Secretaria Municipal de
Assistência Social (Semtas). Já a responsabilidade do repasse da verba a
cada família será da Secretaria Municipal de Habitação, Regularização
Fundiária e Projetos Estruturantes (Seharpe).
O Aluguel Social é um recurso assistencial mensal destinado a
atender, em caráter de urgência, famílias que se encontram sem moradia. É
um subsídio normalmente concedido por seis meses – prazo também dado
pelo Ministério da Integração para que os problemas de erosão e drenagem
de Mãe Luiza sejam corrigidos. Se necessário, o valor do benefício
poderá ser prorrogado por mais seis meses.
Pagamento imediato
Homero Grec, secretário da Seharpe, disse a O Jornal de Hoje que o
processo de pagamento do aluguel será “simples e imediato”. Após
aprovação do projeto e regulamentação do decreto do Diário Oficial do
Município, as famílias que se enquadram nas especificações do projeto
serão chamadas para darem entrada na documentação.
“São documentações simples, apenas para formalizar o processo. Será
preciso apenas a abertura de uma conta corrente e o pagamento será
creditado. A maioria das pessoas já devem até ter conta aberta, o que
agilizará ainda mais o pagamento do benefício”, disse. “Em um primeiro,
iremos operacionalizar o pagamento por seis meses”, afirmou. O
secretário da Seharpe informou que até sexta-feira passada (27) foram
registradas 101 famílias habilitadas a receber o Aluguel Social.
Em Mãe Luiza, os moradores continuam sem perspectiva de quando verão
uma ação por parte da Prefeitura. A moradora Dirce Neide Góis, vítima
dos deslizamentos de terra, disse que permanece contando com a ajuda de
amigos e familiares. “Na verdade, todos nós que fomos afetados pelo
desastre continuamos recorrendo à ajuda das pessoas de bem. Já fiz dois
cadastramentos da Semtas e até agora não recebi nada, nem cesta básica
nem alguma esperança de recebermos esse aluguel”, disse.
O Jornal de Hoje
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