Os guardas municipais de Natal decidiram ignorar a determinação
judicial para que eles saiam da greve, deflagrada desde a última
quinta-feira (5). A decisão da Justiça, julgada nesta segunda-feira (9),
acatou o pedido da Prefeitura de Natal de declarar a ilegalidade da
paralização de várias categorias ligadas ao Município. “A Prefeitura é
muito ágil para pedir à Justiça que venha punir seus servidores”,
comenta Margareth Vieira, presidente do Sindicato dos Guardas Municipais
do Rio Grande do Norte (Sindguardas/RN).
Segundo Margareth Vieira, a decisão de manter a greve foi tomada após
assembleia da categoria nesta terça, depois de saberem da determinação
judicial. Ela afirma, porém, que outra assembleia acontece nesta quarta
(11), para decidir os rumos do movimento. “Ainda que venhamos a sair da
greve, vamos continuar com nossas mobilizações”.
Ajuizada pela Prefeitura de Natal com o objetivo de obter a
declaração de ilegalidade de movimentos grevistas deflagrados ou na
iminência de serem iniciados por categorias de servidores municipais
durante o período de realização da Copa do Mundo FIFA 2014, a Ação Cível
Originária N° 2014.010844-0 foi julgada parcialmente procedente pelo
desembargador Saraiva Sobrinho, relator do processo, nesta segunda.
Margareth Vieira informa que o principal ponto de reinvindicação da
categoria é o envio do projeto de Cargos e Carreira da GMN para ser
votado na Câmara Municipal de Natal (CMN). Outro ponto é que o município
ainda não fez o seguro de vida para esses servidores. “Isso faz parte
do nosso estatuto desde 2008 e até agora não foi cumprido. Conseguimos
na Justiça que o nosso seguro fizesse parte do orçamento do município
para este ano, mas isso também não aconteceu. Entraremos de novo na
Justiça para execução da decisão judicial”, comenta.
Portal No Ar
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