O Impostômetro da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) vai
registrar R$ 700 bilhões nesta segunda-feira (9), por volta das 10h30.
Esse é o total desembolsado por todos os brasileiros para pagar
impostos, taxas e contribuições para a União, os Estados e os
municípios.
No ano passado, essa mesma marca de R$ 700 bilhões foi alcançada
somente no dia 12 de junho. Rogério Amato, presidente da ACSP e
presidente-interino da CACB (Confederação das Associações Comerciais e
Empresariais do Brasil), defende maior controle nos gastos por parte do
governo.
— Mesmo com a desaceleração da economia, a arrecadação do governo
federal vem crescendo acima da inflação, apesar das desonerações ainda
existentes. Infelizmente, vemos que as despesas de custeio aumentam e os
investimentos estão contidos. Enquanto não houver maior controle dos
gastos, os aumentos da receita não serão canalizados para os
investimentos necessários para reduzir pontos de estrangulamento que
desestimulam ou inviabilizam a expansão do setor privado.
Pelo portal www.impostometro.com.br,
é possível descobrir o que dá para fazer com todo o dinheiro
arrecadado. Por exemplo: quantas cestas básicas é possível fornecer e
quantos postos de saúde podem ser construídos. O portal também
possibilita o levantamento dos valores que as populações de cada Estado e
município brasileiro pagaram em tributos.
Nem na hora de vibrar com a Copa do Mundo o brasileiro estará a salvo
dos impostos pesados. O produto que é o maior vilão no quesito carga
tributária atualmente é o chope: 62,2% do preço final correspondem a
impostos.
Outros destaques são fogos de artifício (61,56%), bola de futebol
(46,49%), refrigerante (46,47%), amendoim (36,54%) e camisa de time
(34,67%). Os dados são do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e
Tributação), que abastece o Impostômetro.
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