segunda-feira, 16 de junho de 2014

Moradores invadem área interditada após deslizamento em Natal

Deslizamento de terra desalojou vários mooradores em Mãe Luiza, Natal (Foto: Felipe Gibson/G1)
 
Mesmo interditada pela Defesa Civil Municipal, a área atingida por um deslizamento no bairro de Mãe Luíza, na zona Leste de Natal, foi invadida por moradores na manhã desta segunda-feira (16). As pessoas subiram nos escombros sem serem incomodadas. Além dos moradores, que chegaram a usar escadas para chegar às suas casas e recolher pertences deixados nos imóveis, curiosos se aglomeravam na área e escalavam para ver mais de perto os estragos do desastre ocorrido na noite do sábado (14). A Prefeitura de Natal decretou estado de calamidade pública por 180 dias devido aos deslizamentos de terra e transbordamentos de lagoas de captação registrados no fim de semana.

Quando a reportagem esteve no local, por volta das 9h30 desta segunda, ninguém fazia a fiscalização na orla da praia de Areia Preta, que foi atingida por terra, pedras e entulhos na hora do deslizamento. De acordo com a Defesa Civil Municipal, o controle está sendo feito pela Guarda Municipal, porém o efetivo é insuficiente. "Não temos efetivo suficiente para controlar. Vamos pedir apoio à Polícia Militar", afirma o secretário municipal Segurança Pública e Defesa Social (Semdes), Paulo César Ferreira.

Além das casas de Mãe Luíza, que ficam nas ruas Guanabara e uma travessa que dá acesso à rua Atiláia, dois prédios que ficam na orla de Areia Preta foram evacuados. Cerca de três metros de areia ainda cobrem a pista da avenida Dinarte Mariz, na Via Costeira, principal acesso à rede hoteleira.

De acordo com o decreto, a Prefeitura de Natal está autorizada a "penetrar nas casas para prestar socorro ou para determinar a pronta evacuação". O documento frisa ainda que a Prefeitura pode iniciar "processos de desapropriação, por utilidade pública, de propriedades particulares comprovadamente localizadas em áreas de risco intensificado de desastre". No processo de desapropriação, deverão ser consideradas a depreciação e a desvalorização que ocorrem em imóveis localizados em áreas inseguras.

G1-RN

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