Uma equipe de médicos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
apresentou nesta quarta-feira (4), uma técnica inédita no País que
permite a pacientes paraplégicos ou tetraplégicos recuperarem parte dos
movimentos e funções perdidas por causa de uma lesão medular.
Criada na Suíça, a cirurgia consiste na aplicação de eletrodos neuroestimuladores em três nervos da região abdominal que respondem, entre outras funções, pelos movimentos das pernas e pés e pelo controle da bexiga e da vontade de urinar. Segundo Nucélio Lemos, ginecologista do Hospital São Paulo e responsável por trazer a técnica ao Brasil, quatro brasileiros já passaram pelo procedimento e todos tiveram alguma evolução. "Não tínhamos nenhuma outra opção para o paciente com lesão medular grave. Alguns já estão conseguindo andar", disse.
Criada na Suíça, a cirurgia consiste na aplicação de eletrodos neuroestimuladores em três nervos da região abdominal que respondem, entre outras funções, pelos movimentos das pernas e pés e pelo controle da bexiga e da vontade de urinar. Segundo Nucélio Lemos, ginecologista do Hospital São Paulo e responsável por trazer a técnica ao Brasil, quatro brasileiros já passaram pelo procedimento e todos tiveram alguma evolução. "Não tínhamos nenhuma outra opção para o paciente com lesão medular grave. Alguns já estão conseguindo andar", disse.
Um
deles é o universitário Francisco Moreira, de 25 anos, que perdeu
praticamente todos os movimentos do tronco para baixo após sofrer um
acidente enquanto praticava snowboard, em 2009. Ele passou pela cirurgia
em dezembro do ano passado e, em menos de seis meses, já consegue dar
passos dentro de uma piscina. "Diminuiu minha incontinência urinária,
tenho mais firmeza no tronco. Parece pouco, mas faz uma grande diferença
para o dia a dia de um cadeirante, para a nossa independência", contou
ele.
Os médicos explicaram, no entanto, que pacientes com
lesões mais graves, que levaram à perda de todos os movimentos do
corpo, podem não responder à técnica. O resultado da intervenção também
vai depender do tempo de lesão. Quanto mais cedo for realizada a
cirurgia, maiores as chances de bons resultados. No Brasil, a cirurgia,
que custa de R$ 250 mil a R$ 300 mil, ainda não está disponível na
rede pública, mas é coberta pelos planos de saúde.
Fonte: Agência Estado
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