G1 - A insegurança está levando ao aumento de carros blindados no país. Pelo
quarto ano consecutivo, cresceu o número de veículos à prova de balas.
Ano após ano, tem mais e mais carros à prova de bala circulando pelas
ruas. Em 2013, 10.156 veículos foram blindados, um aumento de 21,13% em
relação a 2012. E a maioria está em São Paulo, onde o trânsito deixa os
motoristas mais vulneráveis.
O estado é o que mais teve carros blindados: 63%. Em segundo lugar, vem
o Rio de Janeiro, seguido por Pernambuco, Ceará e Bahia.
O preço tem caído e custa hoje metade do que custava há 10 anos, segundo a Abrablin (Associação Brasileira de Blindagem).
“Os materiais ficam mais acessíveis com maior volume, você compra
melhor e consegue ter um preço melhor”, aponta Marcelo Christiansen,
vice-presidente da Abrablin.
Uma empresa percebeu a oportunidade neste mercado. Desenvolveu uma
blindagem mais leve para carros menores. Custa entre R$ 22 mil e R$ 37
mil, dependendo do modelo e com facilidade no pagamento.
“Os bancos já aceitam a blindagem como parte do veículo financiado. E
aí você financia no mesmo prazo de pagamento do carro, ou você pode
pagá-la no cartão de credito. E, no cartão, hoje a gente já está
parcelando em até seis vezes”, analisa Carlos Benatto, gerente de
negócios da DuPont Armura.
Em uma tentativa de assalto, seis meses atrás, Ronaldo teve sorte. “Ele
bateu no vidro e, embaixo da blusa, ele tentou puxar alguma coisa, mas
não deu para ver se ele estava realmente armado ou não. Mas ficou o
trauma, ficou o susto.
Aí o transito na hora andou, não foi efetivado o assalto, mas ficou o trauma”, conta o empresário Ronaldo Almeida.
E, depois do trauma, ele gastou quase R$ 30 mil parcelados para se
sentir mais seguro. “Hoje em dia, você para no farol, não precisa ficar
olhando para os lados, no retrovisor para ver se vem alguém. Já não tem
mais essa preocupação”, o empresário alerta.
Quem compra carro blindado, tem que ficar atento a uma questão: o
mercado para o usado é bem restrito por causa da necessidade de renovar a
certificação da blindagem, além dos custos de manutenção e das
dificuldades para fazer o seguro.
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