O papa Francisco teria estimado que 2% dos membros dos clérigos da
Igreja Católica podem estar envolvidos em casos de pedofilia, informou o
jornal italiano “La Repubblica”, neste domingo (13). Segundo a
reportagem, o pontífice teria classificado o problema como uma “lepra”
dentro da instituição religiosa.
"Muitos dos que lutam comigo (contra os
abusos sexuais) me asseguram com estatísticas confiáveis de que o nível
de pedofilia na Igreja é de cerca de 2%", diz o artigo, uma transcrição
de uma conversa entre o papa e o fundador da publicação, Eugenio
Scalfari. Em comunicado divulgado neste domingo (13), o Vaticano
desmentiu partes da entrevista, inclusive o trecho que coloca cardeais
dentro do porcentual.
O padre Federico Lombardi, um dos porta-vozes da
Santa Sé e autor do comunicado, afirma que nem todas as frases podem ser
atribuídas "com certeza" ao pontífice e que as alterações seriam uma
forma de "manipular leitores ingênuos". Lombardi ainda defende, no
texto, que o ateu Scalfari tem o hábito de fazer longas entrevistas sem
anotar nada ou gravá-las e depois reconstruí-las de cabeça.
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