Após a goleada – 7 a 1 – sofrida pelo Brasil para a Alemanha, o
ex-jogador de futebol e um dos maiores críticos da Copa do Mundo no
Brasil, o deputado federal Romário pegou a “metralhadora” e disparou
contra vários mandatários brasileiros sobre a desorganização na
Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Sobrou, até, para o presidente
da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves, candidato do PMDB ao Governo
do Estado.
Isso porque, segundo Romário, o presidente da Casa Legislativa
federal “engavetou” a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) proposta
por ele para apurar supostas irregularidades na CBF. “Estou há quatro
anos pregando no deserto sobre os problemas da CBF, uma instituição
corrupta gerindo um patrimônio de altíssimo valor de mercado, usando
nosso hino, nossa bandeira, nossas cores e, o mais importante, nosso
material humano, nossos jogadores. Porque não se iludam, futebol é
negócio, business, entretenimento e move rios de dinheiro. Nunca tive o
apoio da presidenta do País, Dilma Rousseff, ou do ministro do Esporte,
Aldo Rebelo”, afirmou Romário.
“Em 2012, apresentei um pedido de CPI da CBF, baseado em uma série de
escândalos envolvendo a entidade, como o enriquecimento ilícito de
dirigentes, corrupção, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e desvio
de verba do patrocínio da empresa área TAM. O pedido está parado em
alguma gaveta em Brasília há dois anos. Em questionamento ao presidente
da Câmara dos Deputados, sr. Henrique Eduardo Alves, mas ouvi como
resposta que este não era o melhor momento para se instalar esta CPI.
Não concordei, mas respeitei a decisão. E agora, presidente, está na
hora?”, questionou Romário.
Segundo o ex-jogador, a “corrupção da CBF tem raízes em todos os
clubes brasileiros, vale lembrar que são as federações e clubes que
elegem há anos o mesmo grupo de cartolas, com os mesmos métodos de
gestão arcaicos e corruptos implementados por João Havelange e Ricardo
Teixeira e mantidos por Marin e Del Nero. Vale lembrar, que estes dois
últimos mudaram o estatuto da entidade e anteciparam a eleição da CBF
para antes da Copa. Já prevendo uma possível derrota e a dificuldade que
eles teriam de se manter no poder com um quadro desfavorável”.
Fonte: Jornal de Hoje.
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