A
Veja destaca que milhares de brasileiros aguardam que se iniciem os
ressarcimentos pelo dinheiro investido na TelexFree, empresa acusada de
operar uma pirâmide bilionária no Brasil, nos Estados Unidos e outros
países da América Latina e Europa. Contudo, o primeiro sortudo da fila
não é nenhum ‘divulgador’, como são chamados os incautos que aderiram ao
esquema — e, sim, a União Federal.
A TelexFree, cuja razão social é
Ympactus, tem uma dívida fiscal de 178 milhões de reais com a União,
segundo documentos obtidos pelo site de VEJA — o que representa 23% do
valor em bens da empresa e de seus sócios Carlos Costa, Carlos Wanzeler e
Lyvia Wanzeler, que foram bloqueados pela Justiça do Acre em junho do
ano passado, cerca de 660 milhões de reais.
O
pagamento aos cofres públicos já começou a ser feito. Do montante
devido, 65 milhões de reais foram pagos, mas ainda restam 113 milhões de
reais a serem creditados à Receita. A transação foi garantida depois
que a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional foi informada pela Receita
sobre a dívida. Em seguida, o órgão protocolou um pedido de medida
cautelar, que foi aceito no início de junho pelo juiz José Eduardo do
Nascimento, da 4ª Vara de Execução Fiscal do Espírito Santo.
A medida
garantiu que os bens em nome da TelexFree não fossem usados para
rassarcir divulgadores ou credores enquanto o débito com o Fisco não for
quitado. “A requerida está com suas atividades suspensas e dificilmente
voltará a operar, o que reduz a expectativa de pagamento do crédito
tributário”, consta na decisão assinada por Nascimento. “Isto significa
que a única forma de garantir o pagamento da dívida tributária é através
dos bens hoje existentes em seu patrimônio”, completa.
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