Em atividades de campanha em seu estado natal, Minas Gerais, o candidato
do PSDB à Presidência Aécio Neves afirmou que os eventos realizados
nesta quinta-feira (4) em Minas Gerais — Belo Horizonte, pela manhã, e
Uberlândia, no Triângulo Mineiro, pela tarde — vão marcar a sua “virada”
nas eleições presidenciais. O tucano disse ainda que há “todo tempo do
mundo” para que a coligação do PSDB reassuma, ao menos, a segunda
posição para disputar um eventual segundo turno.
Para Aécio, as quedas verificadas nas pesquisas mais recentes para a
disputa presidencial sinalizam uma etapa momentânea dessa nova fase da
campanha eleitoral.
—
Começou uma nova eleição, porque mudou o candidato — afirmou minimizou o
resultado desfavorável apontado pelo Ibope e Datafolha divulgados nesta
quarta-feira: — Para nós o que importa é o resultado no dia 5 de
outubro.
Aécio afirmou ainda que não existe um quadro consolidado entre os
eleitores que votarão em Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB).
— Não acredito (em voto consolidado). Estamos a um mês das eleições.
Temos todo o tempo do mundo para que as nossas propostas sejam mais
conhecidas. Não mudamos as nossas posições em função da eleição. Eu
continuo hoje acreditando naquilo que acreditava lá atrás: na
estabilidade da economia, na Lei de Responsabilidade Fiscal e na
parceria com a agropecuária.
Depois de realizar encontro com prefeitos em Belo Horizonte,
Aécio realizou atividade semelhante em Uberlândia. Ele aproveitou para
criticar a política do governo federal para o setor do agronegócio,
especificamente, do etanol. O Triângulo Mineiro é uma das regiões mais
afetadas pela crise no segmento sucroalcooleiro.
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— Quero reafirmar o meu compromisso com o resgate do setor do etanol,
que foi atacado pela incapacidade do atual governo de compreender a sua
importância estratégica. Seja do ponto de vista econômico, como social e
também ambiental.
O candidato prometeu fazer um projeto, a exemplo do praticado em
Minas Gerais durante seu governo, em uma espécie de “choque de gestão”
para a atividade agroindustrial, caso seja eleito.
— A nossa proposta traz um compromisso claro com o resgate do etanol
e, a partir daí, um choque de infraestrutura no Brasil para que o campo,
o agronegócio e a pecuária possam cada vez serem mais competitivos,
gerando mais divisas e mais renda para o Brasil.
O Globo
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