segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Bombeiros controlam incêndio em favela na Zona Sul de SP

Incêndio em barracos no sentido marginal Pinheiros da Roberto Marinho. Motoristas e moradores da região observam as chamas  (Foto: Megui Donadoni/G1)
 
Os bombeiros controlaram no começo da madrugada desta segunda (8) um incêndio de grandes proporções que atingiu uma favela na Avenida Jornalista Roberto Marinho, esquina com a Rua Cristovão Pereira, no Campo Belo, Zona Sul de São Paulo. Uma gestante sofreu intoxicação por inalar fumaça. Não há mais registros de vítimas.

Foram enviadas 37 viaturas e 96 homens para conter o fogo que começou por volta das 21h. Segundo a Defesa Civil municipal, na favela conhecida como Buraco Quente há de 500 a 600 moradias e mais 2.000 pessoas vivem no local. Será feito um cadastramento dos moradores que ficarão nos abrigos da prefeitura.

A madeira propiciou a proliferação das chamas. A causa do incêndio ainda será investigada.

O comandante Mauro Brancalhão, responsável pelas operações dos bombeiros na área da favela, disse que a falta de água nos hidrantes dificulta a ação. Ele afirmou que a Sabesp foi até o local do fogo para solucionar o problema.

Jair Souza Pimenta, de 61 anos, diz que mora na comunidade há 47 anos. "Perdi tudo. Só consegui salvar as roupas e alguns objetos pessoais. Salvei o relógio que minha mulher deu para mim. Sou viúvo."
 
Parte dos moradores da favela andava sobre os telhados tentando escapar das chamas e salvar parte das coisas que tinham em suas casas. Outras deixaram os barracos com o auxílio dos bombeiros e já esperavam na calçada e na Avenida Roberto Marinho com sacolas com roupas e eletrodomésticos. 

A pista sentido Marginal Pinheiros, onde está a favela, foi fechada pela presença dos moradores. Nas proximidades há canteiros de obras usados para a construção de um monotrilho na via, a Linha 17-Ouro. Quando o fogo foi debelado, muitos moradores pegaram tapumes da construção para, segundo eles, erguer novos barracos.

As chamas podiam ser vistas à distância, por moradores de prédios do Brooklin e também por pessoas que passavam em viadutos, como o da Avenida Vereador José Diniz. Informações do G1.

Nenhum comentário:

Postar um comentário