Os bombeiros controlaram no começo da madrugada desta segunda (8) um
incêndio de grandes proporções que atingiu uma favela na Avenida
Jornalista Roberto Marinho, esquina com a Rua Cristovão Pereira, no
Campo Belo, Zona Sul de São Paulo. Uma gestante sofreu intoxicação por inalar fumaça. Não há mais registros de vítimas.
Foram enviadas 37 viaturas e 96 homens para conter o fogo que começou por volta das 21h. Segundo
a Defesa Civil municipal, na favela conhecida como Buraco Quente há de
500 a 600 moradias e mais 2.000 pessoas vivem no local. Será feito um
cadastramento dos moradores que ficarão nos abrigos da prefeitura.
A madeira propiciou a proliferação das chamas. A causa do incêndio ainda será investigada.
O comandante Mauro Brancalhão, responsável pelas operações dos
bombeiros na área da favela, disse que a falta de água nos hidrantes
dificulta a ação. Ele afirmou que a Sabesp foi até o local do fogo para
solucionar o problema.
Jair Souza Pimenta, de 61 anos, diz que mora na comunidade há 47 anos.
"Perdi tudo. Só consegui salvar as roupas e alguns objetos pessoais.
Salvei o relógio que minha mulher deu para mim. Sou viúvo."
A pista sentido Marginal Pinheiros, onde está a favela, foi fechada
pela presença dos moradores. Nas proximidades há canteiros de obras
usados para a construção de um monotrilho na via, a Linha
17-Ouro. Quando o fogo foi debelado, muitos moradores pegaram tapumes da
construção para, segundo eles, erguer novos barracos.
As chamas podiam ser vistas à distância, por moradores de prédios do
Brooklin e também por pessoas que passavam em viadutos, como o da
Avenida Vereador José Diniz. Informações do G1.
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