terça-feira, 9 de setembro de 2014

Com escândalo , Petrobras desaba quase 5% e guia Bolsa ao pior pregão em sete meses

Após ter atravessado um pregão instável, o principal índice da Bolsa brasileira fechou esta segunda-feira (8) em queda pelo quarto dia seguido e registrou seu pior desempenho diário em sete meses.

O Ibovespa perdeu 2,45%, para 59.192 pontos. É a maior queda diária desde 3 de fevereiro deste ano, quando registrou desvalorização de 3,13%. O volume financeiro movimentado no dia foi de R$ 9,630 bilhões.

As ações preferenciais da Petrobras (sem direito a voto) guiaram as perdas do índice. Os papéis, que chegaram a subir mais de 3% após a abertura dos negócios nesta segunda, na esteira da pesquisa Sensus, terminaram em baixa de 4,91%, para R$ 21,70 cada um.

De acordo com analistas ouvidos pela reportagem, a polêmica envolvendo a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afetou as cotações dos papéis nesta segunda (8), mas foi usada como pretexto para os investidores venderem ações e embolsar lucros acumulados nas últimas semanas.
 
“Se a gente parar para pensar, é um assunto que está muito massacrado. O mercado já estava esperando. Mais para o final da tarde [desta segunda (8), ao ver o volume movimentado pelas ações da estatal, cheguei à percepção que o mercado está arrumando um motivo para realizar lucros”, diz Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.
 

Mesmo assim, o analista acredita que “o assunto é sério e prejudica a empresa. Para a imagem da companhia é ruim, especialmente para os estrangeiros, que olham mais um caso de corrupção em uma grande empresa no Brasil.”

FolhaPress

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