A presidente Dilma Rousseff, candidata à
reeleição, concedeu uma rápida entrevista à imprensa neste domingo, no
Palácio da Alvorada, em Brasília. Dilma afirmou que leu durante o fim de
semana o programa de campanha de sua concorrente do PSB, Marina Silva, e
se disse "muito preocupada" em relação à criação de empregos, sobretudo
no ramo naval e no automobilístico. A presidente e candidata não
respondeu perguntas dos jornalistas e disse que estava com pouco tempo
porque queria ficar com o neto Gabriel, que estava na residência
oficial. A presidente ainda afirmou que não foi eleita para desempregar
ou reduzir a importância da indústria.
Segundo Dilma, a
indústria naval, que foi a segunda maior do mundo nos anos 1980, se
"transformou em pó" nos anos 1990 e só depois começou a se recuperar.
Ela afirmou que no começo dos anos 2000 o segmento saiu de 2,5 mil
empregos para um estoque de 80 mil em julho. "No ano que vem serão 100
mil empregos", disse.
Sobre a indústria automobilística,
afirmou que não quer que o Brasil apenas monte carros, mas que
desenvolva tecnologia. Disse que nos últimos anos o governo conseguiu
atrair 12 novas companhias internacionais para o Brasil, o que, na visão
dela, gerou empregos qualificados e com bons salários. "Tanto em um
caso como no outro (indústria naval e automobilística) vimos a
possibilidade de, ao invés de criar emprego lá fora, criar aqui, isso
porque se importava de forma excessiva ou não se traziam as condições de
inovação para o Brasil", disse.
Antes de
sair os jornalistas tentaram fazer perguntas à presidente sobre outros
pontos do programa de governo da concorrente Marina Silva,
principalmente sobre o trecho que fala sobre política LGBT, mas a
presidente disse apenas que estava sem tempo porque o neto Gabriel
estava no Palácio e estava de partida.
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