Marcado por tumulto e muito empurra-empurra, foi
realizado no Rio de Janeiro nesta segunda-feira um ato em defesa da
Petrobras e do Pré-sal. Organizado pela Central Única dos Trabalhadores,
o evento contou com a presença do ex-presidente Lula. Na oportunidade, o
petista criticou a onda de denúncias e o excesso de pedidos de CPIs
para investigar a maior empresa brasileira. Ao lado da sede
administrativa da Petrobras, no centro da capital fluminense, Lula falou
para uma multidão calculada em 10 mil pessoas.
Num discurso duro e sempre no ataque, criticou os que,
segundo ele, querem manchar a imagem da empresa. O ex-presidente citou
as denúncias de irregularidades de que a empresa é alvo, que vieram à
tona por meio do ex-diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto
Costa, preso na Operação Lava Jato. Disse quem roubou ou “cometeu um
erro qualquer” deve ser punido. “Os milhares de trabalhadores desta
empresa não podem ser confundidos com alguém que possa ter cometido um
erro qualquer. Se alguém roubou, tem que ser investigado e julgado. E se
for culpado, tem que ir para a cadeia.”
O ato também serviu para mandar recados a Marina Silva
(PSB), principal adversária da presidente e candidata à reeleição Dilma
Rousseff (PT). Sem citar o nome da ex-senadora e ex-petista afirmou:
“eu, se fosse a candidata que faz oposição à Dilma, proibiria seus
economistas de falar, porque cada um que fala, fala mais bobagem que o
outro. Ela vai acabar mostrando o que pode acontecer num programa de
governo feito a quinhentas mãos”.
Rouco e um visivelmente abatido depois de caminhar sob
um sol forte, Lula afirmou que nunca viu “a presidência da República
como um clube de amigos, e, sim, como algo muito sério”. Por isso,
segundo ele, escolheu Dilma candidata em 2010, a despeito de críticas de
que ela não tinha perfil adequado para o cargo.
Após o discurso, Lula participou de um abraço simbólico à sede da Petrobras.
Fonte: Terra
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