quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Na Petrobras, Lula diz que quem roubou a empresa deve pagar

Luiz Inácio Lula da Silva; Petrobras. Foto: Divulgação
Marcado por tumulto e muito empurra-empurra, foi realizado no Rio de Janeiro nesta segunda-feira um ato em defesa da Petrobras e do Pré-sal. Organizado pela Central Única dos Trabalhadores, o evento contou com a presença do ex-presidente Lula. Na oportunidade, o petista criticou a onda de denúncias e o excesso de pedidos de CPIs para investigar a maior empresa brasileira. Ao lado da sede administrativa da Petrobras, no centro da capital fluminense, Lula falou para uma multidão calculada em 10 mil pessoas.

Num discurso duro e sempre no ataque, criticou os que, segundo ele, querem manchar a imagem da empresa. O ex-presidente citou as denúncias de irregularidades de que a empresa é alvo, que vieram à tona por meio do ex-diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava Jato. Disse quem roubou ou “cometeu um erro qualquer” deve ser punido. “Os milhares de trabalhadores desta empresa não podem ser confundidos com alguém que possa ter cometido um erro qualquer. Se alguém roubou, tem que ser investigado e julgado. E se for culpado, tem que ir para a cadeia.”

O ato também serviu para mandar recados a Marina Silva (PSB), principal adversária da presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT). Sem citar o nome da ex-senadora e ex-petista afirmou: “eu, se fosse a candidata que faz oposição à Dilma, proibiria seus economistas de falar, porque cada um que fala, fala mais bobagem que o outro. Ela vai acabar mostrando o que pode acontecer num programa de governo feito a quinhentas mãos”.

Aos aliados de Lula presentes no palco coube dizer, seguidas vezes, que Marina é responsável por querer interromper a exploração do pré-sal no Brasil.

Rouco e um visivelmente abatido depois de caminhar sob um sol forte, Lula afirmou que nunca viu “a presidência da República como um clube de amigos, e, sim, como algo muito sério”. Por isso, segundo ele, escolheu Dilma candidata em 2010, a despeito de críticas de que ela não tinha perfil adequado para o cargo.

Após o discurso, Lula participou de um abraço simbólico à sede da Petrobras.

Fonte: Terra

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