quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Paulo Roberto Costa repete 18 vezes 'nada a declarar' à CPI da Petrobras

Durante quase três horas de depoimento à CPI mista da Petrobras, o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa repetiu 18 vezes “nada a declarar” (ou frases equivalentes) e se recusou a responder a todos os questionamentos formulados pelos parlamentares da comissão. Por ordem da Justiça, ele foi trazido por policiais federais de Curitiba, onde está preso, para atender à convocação da CPI.

Costa firmou com o Ministério Público do Paraná e com a Justiça Federal um acordo de delação premiada pelo qual teria apontado deputados, senadores, governadores e um ministro como beneficiários de um esquema de pagamento de propina com dinheiro de contratos da Petrobras. Ele foi preso em março durante a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Se confirmadas as informações que der a policiais e procuradores com base na delação premiada, o ex-diretor poderá ter a pena reduzida.

Logo depois de entrar na sala da CPI, às 14h52, Costa informou que permaneceria em silêncio mesmo que a sessão fosse secreta – restrita aos parlamentares, sem acesso do público e da imprensa. A opção foi oferecida pelo presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), a fim de resguardar o sigilo das informações que o ex-diretor eventualmente viesse a fornecer.

“O senhor, eventualmente, numa sessão secreta, colaboraria com esta comissão?”, questionou Vital. “Acho que pode ser a sessão aberta, mas permaneço com a mesma posição de nada a declarar”, respondeu Costa.

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