O valor arrecadado pelo Ministério da Saúde, por meio da Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS), para o ressarcimento ao Sistema
Único de Saúde (SUS) chega a R$ 184 milhões de janeiro a julho deste
ano. Esse valor supera o que foi ressarcido pelas operadoras de planos
de saúde ao SUS ao longo do ano inteiro de 2013, que atingiu R$ 183,2
milhões.
O ressarcimento ocorre quando os consumidores dos planos
de saúde são atendidos na rede pública. Os pagamentos efetuados para a
agência reguladora são repassados ao Fundo Nacional de Saúde (FNS) e
aplicados em ações e programas estratégicos do Ministério da Saúde.
Nos
últimos anos, a ANS tem aumentado o volume de recursos reembolsados,
intensificando a cobrança desses valores às operadoras de todo o país. O
resultado deve-se ao constante aprimoramento dos processos de gestão e à
contratação de novos servidores para agilizar o ressarcimento.
Além
disso, houve a priorização da inscrição das operadoras inadimplentes em
dívida ativa e a determinação para que as operadoras incluam em seus
balanços a dívida com o ressarcimento, com garantias e provisões para as
dívidas atuais e futuras. São formas de induzir ao pagamento efetivo
pelas empresas.
Caso as operadoras não paguem, são encaminhadas para
inscrição em dívida ativa da ANS e no CADIN, que é o cadastro
informativo de créditos não quitados do setor público federal. A
inscrição no CADIN impede a contratação com o poder público. Já a
inscrição em dívida ativa é uma fase prévia à cobrança judicial. Em
função disso, a operadora não consegue obter certidão negativa de
débitos perante a ANS e fica desabilitada para o Programa de
Conformidade Regulatória.
Este ano, até julho, os valores
encaminhados para inscrição na dívida ativa atingiram R$ 104,43 milhões.
Desde 2011, já foram encaminhados para inscrição em dívida ativa R$
425,5 milhões. Até o final do primeiro semestre de 2014, havia 462
operadoras ativas inscritas em dívida ativa da ANS em função do
ressarcimento ao SUS. O valor total atualizado em cobrança judicial é R$
579,24 milhões.
Jornal do Brasil
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