quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Polícia realiza reprodução de morte de jovem atingido por bala perdida no RN

Alexsandro Mendonça foi morto enquanto conversava com amigos no bairro Santo Antônio, em Mossoró (Foto: Arquivo pessoal) A Polícia Civil do Rio Grande do Norte realizou na noite desta quarta-feira (10) a reprodução simulada do assassinato do adolescente Alexsandro Mendonça da Silva, de 17 anos, morto por uma bala perdida durante uma troca de tiros entre policiais e criminosos no dia 3 de abril, em Mossoró, na região Oeste do estado. O resultado, que apontará de onde partiram os tiros que mataram o rapaz, deve sair em 30 dias.

O delegado Denys Carvalho, um dos três integrantes da comissão especial responsável pelo inquérito, informou que foi criado o mesmo ambiente do crime, ocorrido na noite do dia 3 de abril. "Os policiais da Dehom (Delegacia Especializada de Homicídios) se depararam com um suspeito conhecido, houve confronto e depois o adolescente apareceu baleado", conta o delegado. Alexsandro estava a 100 metros de casa conversando com amigos quando foi baleado.

Das pessoas envolvidas no tiroteio, três policiais civis da Delegacia de Homicídios de Mossoró estão afastados dos cargos. "Foram todos remanejados a pedido deles mesmos. Estão trabalhando em outras delegacias", afirma Denys Carvalho.

Um suspeito do crime chegou a ser detido 15 dias após a morte de Alexsandro. De acordo com Carvalho, o homem foi preso por furar uma barreira policial e trocar tiros com policiais militares em Mossoró. "O homem é proprietário do carro onde estavam os suspeitos envolvidos no tiroteio da morte de Alexsandro. No depoimento, ele negou ter atirado", acrescenta o delegado.

Em entevista ao G1 em abril deste ano, o comerciante Agacir Antônio da Silva, de 41 anos, pai do adolescente, afirmou que o filho foi vítima do despreparo de policiais. "A rua estava cheia de gente e os policiais saíram atirando. Foi um ato irresponsável. Foi Deus que não permitiu que mais gente fosse atingida", disse Agacir. Ele contou que o filho era um garoto tranquilo, que vivia "da escola para casa e de casa para a escola", só falava em fazer faculdade e não costumava ir a festas.

G1-RN

Nenhum comentário:

Postar um comentário