Na Copa do Brasil, tradicional torneio
de mata-mata entre os clubes de todo o País, as equipes se enfrentam
duas vezes para ver quem avança à fase seguinte. Nas primeiras rodadas,
os times mais ricos jogam contra adversários modestos no papel de
visitantes. Quando vencem por mais de dois gols de diferença fora de
casa, eliminam o jogo de volta. Por isso os anfitriões fazem do primeiro
duelo o jogo da vida. A meta inicial é evitar uma goleada em casa e
chegar vivo para a segunda partida. A meta final é passar de fase e
entrar para a história, como o ASA de Arapiraca e o Bragantino, que
eliminaram os gigantes Palmeiras e São Paulo em edições recentes da
competição.
A analogia serve para explicar a
situação de Marina Silva na reta final do primeiro turno. A candidata do
PSB, que há poucos dias ameaçava destronar a presidenta Dilma Rousseff
em um segundo turno quase certo, chega à última semana da primeira fase
da campanha desidratada, segundo o mais recente Datafolha.
Se computados os votos válidos (sem
considerar brancos e nulos), Dilma teria 45% dos votos; Marina, 31%; e
Aécio, 21%. A petista precisa, portanto, de cinco pontos em uma semana
para liquidar a fatura. Ou para ampliar a vantagem sobre a ex-ministra
em um eventual segundo turno. Hoje a distância é de quatro pontos em
favor da presidenta (47% a 43%). Há poucas semanas, Marina tinha dez
pontos à frente.
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