O candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva (PSB), Beto
Albuquerque, disse que o partido apoia todas as investigações na
Petrobras e que já requereu, inclusive, o acesso ao processo envolvendo o
nome do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. "Estamos atrás da
verdade dos fatos. A matéria da Veja cita o nome do Eduardo. Acho muito
ruim citar o nome de uma pessoa que, inclusive, morreu há pouco tempo,
sem ligá-lo a nada ou alguma coisa e todos passarmos a dizer que ele
está envolvido com alguma coisa. Ele morreu por uma fatalidade e não
deixaremos que ele morra por leviandade politicamente."
Segundo Albuquerque, o próprio Eduardo pediu na Câmara que os
parlamentares do partido assinassem a CPI da Petrobras, que incluíssem a
investigação sobre a refinaria de Pernambuco e apoiassem todos os
assuntos e investigações. Ele lamenta o lançamento de um nome "que não
está aqui para se defender". "Nós repudiamos. Vamos colaborar e defender
a verdade."
Presente à coletiva que convocada para esta tarde pelo partido, o
candidato a vice informou ainda que o próprio Campos havia sido
convidado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto
Costa para ser testemunha em sua defesa.
Ele lembrou que as denúncias que relacionam Campos a esquemas de
propinas na Petrobras não trazem fatos e apenas citam o seu nome.
Questionado sobre o motivo de ter respondido à maioria dos
questionamentos sobre o tema, Albuquerque explicou que está legitimado a
buscar a verdade, citando sua trajetória e cargos no PSB. "Colocar o
nome de Campos sem fatos não é caminho de buscar a verdade. Já conversei
com a família dele. Não vamos deixar isso (denúncia de propina na
Petrobras envolvendo o nome do ex-governador pernambucano) em vão",
acrescentou.
A ex-ministra reiterou que não quer a segunda morte de Campos, morto
em acidente aéreo em 13 de agosto, desta vez por leviandade. "Nós não
queremos que permaneça a estratégia leviana de antes de se ter as
informações e apurações e já se faça associação, inclusive, esquecendo a
grande quantidade de envolvidos que estão aí, muito vivos e muito aptos
a continuar destruindo e dilapidando o patrimônio público." Marina
afirmou ainda que quer uma Petrobras com quadro técnico e não com as
pessoas que tem hoje e inviabilizam a companhia. Ela disse ainda que sua
chapa ia seguir dialogando com a sociedade com o compromisso de atender
ao último pedido do ex-governador de Pernambuco, de não desistir do
Brasil.
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