O advogado Antonio Figueiredo Basto negou nesta quinta-feira que
tenha ocorrido um segundo depoimento de seu cliente, o doleiro Alberto
Youssef, no âmbito da delação premiada. Segundo Basto, na semana passada
ele foi ouvido apenas na terça-feira, dia 21, sem qualquer retificação
no dia seguinte, diferentemente do que publicou O GLOBO na edição de
quarta-feira. Em sua última edição, a revista “Veja” informou que
Youssef dissera no depoimento de terça-feira que a presidente Dilma
Rousseff e o ex-presidente Lula sabiam dos desvios de dinheiro de obras
da Petrobras para partidos políticos.
Antes disso, Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, afirmara
em depoimento à Justiça Federal de Curitiba que o esquema beneficiava
três partidos políticos — PT, PMDB e PP.
Basto explicou que participam dos depoimentos a Procuradoria Geral da
República, delegados da Polícia Federal e agentes, além de um advogado
de defesa, que não faz perguntas. Segundo ele, o advogado apenas confere
os documentos produzidos e as assinaturas.
O advogado disse que os depoimentos de Youssef têm sido valiosos para
a Justiça e que há muitos interesses, econômicos e políticos, para que a
investigação não dê certo. Lembrou ainda que no depoimento à Justiça
Federal de Curitiba seu cliente havia afirmado que não era o responsável
pelo esquema, que estava muito acima dele e do ex-diretor Costa. Ele
defendeu investigação sobre os vazamentos.
O Globo
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