Pregador da campanha “limpa” e de alto nível, o candidato ao Governo
do RN, Henrique Eduardo Alves (PMDB), baixou, de vez, o nível da
campanha eleitoral neste segundo turno. Quem aponta isso é a coligação
encabeçada por Robinson Faria (PSD), que na manhã de hoje ingressou com
um direito de resposta e uma notícia crime acusando Henrique de calúnia e
difamação por tentar envolver, na propaganda eleitoral do PMDB, o
adversário num escândalo de apartamentos do programa federal Minha Casa,
Minha Vida.
O motivador do “escândalo” seria o fato de Robinson ter 98
apartamentos no residencial Caravelas, em Parnamirim, que faz parte do
Minha Casa, Minha Vida. A defesa de Robinson explicou que não há nada de
irregular nisso. Ele era proprietário do terreno onde foram construídos
os apartamentos e ficou com parte dos imóveis como permuta. Um
contrato, inclusive, “totalmente legal”.
“Em sendo assim indaga-se: qual a ilegalidade ou imoralidade no ato?
Ao contrário do afirmado na propaganda injuriosa e difamatória,
tratou-se de negociação legal e dentro dos parâmetros do mercado
imobiliário local. A única resposta para a veiculação da já mencionada
propaganda é o desespero da coligação de Henrique, que se vê cada vez
mais distante da vitória no pleito e busca fazer uso de meios escusos e
totalmente distantes da moralidade e respeitabilidade que devem nortear
as eleições”, afirmou a coligação de Robinson Faria, em trecho de pedido
de resposta enviado para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
“A análise da documentação ora anexada é de fulcral clareza para
esclarecer o episódio das referidas unidades habitacionais. Robinson era
proprietário do terreno onde o condomínio destinado ao programa social
foi edificado. A negociação foi transparente e revestida de todas as
formalidades legais e devidamente registrada em cartório. Mais que isso,
essa informação era de conhecimento de Henrique Alves e da sua
propaganda, que forçosamente a omitiram para fantasiar uma farsa na
suposta aquisição dos imóveis”, acrescenta a ação, assinada pelo
advogado Fábio Sena.
“A propaganda é completamente inverídica e extrapola a crítica
administrativa quando é realizada sem nenhuma base sólida para ser
realizada. O primeiro viés da propaganda é fazer o eleitorado crer que
ao possuir 98 unidades habitacionais em condomínio destinado ao programa
Minha Casa Minha Vida, Robinson estaria cometendo algum ato imoral”,
ressaltou a ação por direito de resposta, acrescentando que “a
propaganda atacada distorceu as informações, com o intuito de incutir
que o candidato do PSD fez uso do prestígio político que possui para
conseguir as referidas unidades habitacionais, o que é ato de elevada
reprovação social”.
Jornal de Hoje
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