Os advogados da coligação de Robinson Faria (PSD) pediram e o
Tribunal Regional Eleitoral (TRE) atendeu: candidato a vice-governador
na chapa de Henrique Alves (PMDB), João Maia (PR), está incluído na ação
que investiga o uso do avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pelo
peemedebista candidato ao Governo. O caso pode resultar na cassação do
registro eleitoral de Henrique – e agora de João Maia – por abuso de
poder e uso da máquina.
“Cite-se o candidato a vice-governador, João da Silva Maia,
litisconsorte passivo necessário, para, no prazo de cinco dias
apresentar, querendo, defesa, juntar documentos e rol de testemunhas”,
determinou, em despacho, a desembargadora Zeneide Bezerra, relatora da
ação de investigação judicial eleitoral (AIJE) no TRE.
O despacho foi publicado no dia 17, poucos dias depois da dura
crítica feita por João Maia diante da ação movida por Robinson Faria.
Afinal, para o candidato a vice-governador, o processo era uma prova do
“desespero de Robinson Faria” diante da “derrota certa” neste segundo
turno.
A ação de investigação judicial eleitoral (AIJE) movida pela
coligação de Robinson contra Henrique Eduardo Alves se baseia na
utilização, pelo candidato do PMDB/presidente da Câmara Federal, do
avião oficial da FAB dentre o período de abril a outubro de 2014. Isso
porque, segundo os advogados da coligação, há indícios que, além de
missões oficiais, Henrique teria utilizado a aeronave para ir para
eventos políticos e para transportar aliados de Natal para Brasília,
onde acordos eleitorais para o pleito deste ano foram fechados.
Além do número considerável de voos, os indícios estariam presentes
também na lista de passageiros, que foi aumentando com a proximidade das
eleições. Se antes eram seis convidados nos voos de Henrique, durante a
campanha passaram a ser 13 e, até, 15 “caronas” no avião da FAB.
“Em exame superficial à disponibilização destas informações na página
da Força Aérea Brasileira na Internet (http://www.fab.gov.br/voos)
constata-se um estarrecedor quantitativo de 37 (trinta e sete)
utilizações da aeronave pelo candidato investigado, chamando atenção o
número impressionante de passageiros por ele relacionados, que alcança
um somatório de quase quatrocentos passageiros apenas no período
compreendido na presente ação de investigação”, apontaram os advogados
de Robinson, ressaltando “o crescente número de passageiros indicados
como acompanhantes pela parte investigada, com uma média de seis
passageiros nos primeiros meses, subindo para 15 passageiros à medida em
que se aproximava o pleito eleitoral em primeiro turno, chegando a
haver 19 dezenove passageiros relacionados por Henrique em um só voo”.
O Jornal de Hoje
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