quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Justiça manda bloquear R$ 237 milhões de Eike Batista

Por determinação da Justiça Federal, Eike Batista já teve bloqueados R$ 237 milhões de suas contas desde setembro.

O juiz federal Flávio Roberto de Souza negou nesta quinta-feira (16), porém, a extensão do bloqueio a móveis e imóveis, conforme queria o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro.

Com os bloqueios, os procuradores pretendem assegurar pagamento de indenizações causadas pelos crimes contra o mercado de capitais supostamente cometidos pelo empresário, conforme denúncia apresentada à Justiça em setembro.

O pedido dos procuradores era de que o bloqueio atingisse R$ 1,5 bilhão, mas o juiz entendeu que os R$ 237 milhões retidos são, “em tese, suficientes para satisfação de custas processuais e eventual pena de multa”.

Segundo a denúncia do MPF fluminense, Eike é acusado de ter cometido os crimes de manipulação de mercado e de ter negociado ações com informações privilegiadas (“insider trading”), em relação a papéis da ex-OGX (hoje Ogpar), que ele controla.

Se julgado e condenado, a pena pode chegar a oito anos, no caso de manipulação, e de cinco, em “insider trading”.
 

De acordo com a denúncia, Eike se desfez de ações da OGX em duas ocasiões, em 2013, previamente à divulgação de informações desfavoráveis à empresa, que ocorreriam dias depois, o que levou as cotações dos papéis à queda.

O juiz Flávio Roberto de Souza marcou para 18 de novembro a primeira audiência com Eike como réu na ação penal que o julgará pelos supostos crimes contra o mercado de capitais no Rio.

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