Abalado pela morte trágica do seu principal líder, Eduardo Campos, o
PSB foi provavelmente o partido que mais sentiu as turbulências da
campanha eleitoral de 2014 e é também a legenda cujo futuro é mais
difícil prever. Neste momento, como afirma seu presidente nacional
Carlos Siqueira, o caminho do PSB é o de uma “oposição de esquerda”.
“Os
eleitores nos colocaram na oposição e assim vamos nos manter”, disse o
presidente nacional do PSB ao Estadão, serviço em tempo real da Agência
Estado. “Neste primeiro momento, eles não têm muita alternativa a não
ser se colocar dessa forma”, avalia o cientista político do Insper e
colunista do jornal O Estadão de São Paulo Carlos Melo ao Broadcast
Político, serviço em tempo real da Agência Estado. “A retórica tem que
ser oposicionista, mas ao longo do ano que vem muita coisa pode
acontecer”.
Para ele, o partido pode até ficar próximo de outros na
oposição a Dilma, como PPS e PSDB, mas corre risco de perder
parlamentares que, por terem um alinhamento mais à esquerda, podem
sentir que não estão mais ideologicamente representados e optar por
trocar de legenda – o que é permitido pela legislação eleitoral. “Mesmo
para especialistas, está muito difícil de prever o que vai acontecer com
o PSB, só se tiver uma bola de cristal”.
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