O prefeito Fernando Haddad (PT) discute
com outros sete prefeitos petistas da Região Metropolitana de São Paulo,
em reunião no Edifício Matarazzo, a necessidade de reajustes nas
tarifas de ônibus cobradas nesses municípios. Dentro da gestão Haddad já
existe a decisão política de não se pagar R$ 2 bilhões em subsídios
para as empresas do transporte coletivo, dinheiro necessário para manter
a tarifa a R$ 3 em 2015.
Uma das possibilidades que vem sendo
articulada pelos prefeitos Kiko Celeguin (PT), de Franco da Rocha, e
Luiz Marinho (PT), de São Bernardo do Campo, é a criação de uma tarifa
unificada de R$ 3,40 nesses municípios.
No PT, a orientação é para que as
prefeituras petistas vizinhas da capital paulista adotem antes o
aumento, logo no início do ano. Desta forma, o prefeito Haddad também
mostraria à população a necessidade de o reajuste também entrar em vigor
em São Paulo — o preço da tarifa não sofre nenhum aumento desde 2011
para os usuários paulistanos.
Para 2015, a gestão Haddad reservou R$
1,4 bilhão em subsídios para as dez viações de ônibus e oito
cooperativas de peruas. Segundo projeção feita pela Comissão de Finanças
da Câmara Municipal, seriam necessários pelo menos R$ 2 bilhões para
manter a tarifa por mais um ano sem reajuste. O valor que teria de ser
pago a essas empresas representa 40% de todos os recursos reservados
para novas obras na cidade em 2015. Na avaliação do governo, manter a
tarifa a R$ 3 exigiria a transferência de verbas de setores essenciais,
como a Saúde e a Educação.
Crise hídrica
Outro tema do encontro de hoje na sede
da Prefeitura de São Paulo é a crise hídrica. Os prefeitos vão discutir
formas de como enfrentar um possível colapso no abastecimento de água da
Região Metropolitana, a mais populosa do país, com cerca de 20 milhões
de habitantes.
No encontro também estarão presentes os
prefeitos petistas de Guarulhos (Sebastião Almeida) , de Osasco (Jorge
Lapas), de Carapicuíba (Sérgio Ribeiro), de Embu das Artes (Chico Brito)
e de Santo André (Carlos Grana).
R7
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