O urso polar, o leão africano, os tubarões-martelo e as raias podem
engrossar a lista de espécies migratórias ameaçadas pelas mudanças
climáticas e a caça, segundo uma proposta que começou a ser discutida
por delegados da ONU reunidos em Quito.
"Há espécies representativas que estão ameaçadas em nível global e
vai ser discutida sua inclusão" nesta lista, disse Bradnee Chambers,
secretário-executivo da Convenção sobre Conservação de Espécies
Migratórias de Animais Silvestres (CMS), órgão vinculado à ONU.
A proposta inclui o "urso polar, o leão africano, os tubarões-martelo
e as raias, que estão todos ameaçados", acrescentou Chambers durante a
instalação do encontro, que se estenderá até o próximo domingo.
No total, 32 espécies são novas, entre mamíferos, peixes e répteis,
que podem ser adicionadas à lista de animais em risco de extinção.
Representantes internacionais de 120 países analisarão as mais
recentes evidências sobre mudanças climáticas e seu impacto nas espécies
migratórias, antes da conferência anual das Nações Unidas sobre o
Clima, que será celebrada no mês que vem, em Lima.
Neste sentido, os países convidados pretendem adotar o plano
estratégico 2015-2023 para a preservação de animais que migram
periodicamente em busca de comida e condições para a sua reprodução.
Durante essa época, as espécies se movem entre vários hábitats, orientadas pelo Sol, as estrelas e o campo magnético da Terra.
"É preciso buscar formas de proteger o direito à migração dos animais
para que cheguemos a respeitar tal direito como se respeita o direito
dos seres humanos à sua existência", disse a ministra equatoriana do
Ambiente, Lorena Tapia, durante o ato.
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