A Justiça de Minas Gerais negou o pedido da defesa do goleiro Bruno para
o atleta deixar a cadeia diariamente para treinar no Montes Claros
Futebol Clube, que disputa a segunda divisão do Campeonato Mineiro. O
jogador foi condenado a 22 anos de prisão pelo assassinato e ocultação
de cadáver de sua ex-amante Eliza Samúdio, de 24 anos, além do sequestro
e cárcere privado do bebê que teve com a jovem. Bruno atualmente cumpre
a sentença na Penitenciária de Francisco Sá, no norte do Estado.
Em sua
decisão, o juiz da comarca, Famblo Santos Costa, observou que o
presídio onde o goleiro está é de segurança máxima e não prevê trabalho
externo de condenados porque a medida "viola o protocolo de segurança da
unidade". Além disso, o magistrado ressaltou que para atuar em um clube
de futebol, além dos treinos físicos e técnico, o atleta teria que
"participar de todos os jogos oficiais e amistosos, dentro e fora do
País, se concentrar, se submeter a tratamentos de lesões e realizar
viagens quase que semanais". Para o juiz, a autorização seria um
"privilégio isolado" por causa da violação dos protolocos de segurança. A
medida, segundo Costa, ainda causaria "desestrutura considerável" na
penitenciária, pois a unidade teria que disponibilizar diariamente
"veículos e agentes penitenciários para manter as cautelas contra fuga e
em favor da disciplina".
Estadão Conteúdo
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