A venda de Neymar ao Barcelona gerou nesta semana mais um problema
na Justiça para o pai do jogador: o fundo Terceira Estrela, criado por
conselheiros do Santos e que tinha 5% dos direitos do atacante, move
ação para ter acesso a todos os documentos firmados entre Neymar pai,
suas empresas e o clube espanhol. É o quarto processo judicial ou
administrativo que envolve a diferença entre o valor inicialmente
declarado pelos catalães (17,1 milhões de euros) e a quantia
efetivamente desembolsada, acrescida de diversos contratos paralelos com
o pai do jogador e suas empresas, que pode chegar a 86 milhões de
euros.
Uma das ações é movida pelo grupo DIS, que detinha 40%
dos direitos econômicos do jogador, diretamente contra Neymar e o
Barcelona; outra, pela Justiça Espanhola; há também uma investigação da
Receita Federal. De todas as partes que detinham direitos do atacante, a
única que não acionou a Justiça é o Santos.
O Terceira Estrela é
um fundo de investimentos criado por conselheiros santistas para
investir em reforços para o clube. Na ação, ele cobra diversos
documentos – um deles é o contrato que selou o pagamento de 40 milhões
de euros à empresa N & N, de Neymar pai.
O documento foi revelado pelo Blog do Rodrigo Mattos no mês passado. O acordo ocorreu em 2011 e foi firmado antes da partida entre Santos e Barcelona pela final do Mundial de Clubes daquele ano.
Em resposta pouco
amistosa endereçada ao presidente Odílio Rodrigues, o pai do atleta
alertou para o fato de que as quantias recebidas do Barça não constituem
direitos econômicos de seu filho; alertou, ainda, que a divulgação
destes documentos traria prejuízo a Neymar e sua família, e que estes
custos, caso isso acontecesse, seriam cobrados do clube.
Nenhuma das ações em curso está próxima de um desfecho: a do
Terceira estrela acaba de ser ajuizada, e Neymar pai sequer foi
notificado para contestá-la. O grupo DIS está em processo de notificação
do jogador, que agora reside em Barcelona, desde 2013. A investigação
da Receita ainda está em curso.
Na Justiça Espanhola, o pai do
craque depôs no começo de outubro, e o juiz responsável pelo caso, Pablo
Ruz, ainda apura se houve ou não irregularidade na transferência.
Procurado por meio de sua assessoria de imprensa, o pai de Neymar não respondeu até a publicação desta matéria.
UOL Esporte
Nenhum comentário:
Postar um comentário