A vitamina C é reconhecida pelos especialistas pela contribuição que dá
no desenvolvimento das crianças. Sua deficiência pode causar sérios
problemas para o organismo, bem como seu excesso. A ingestão deve ser
feita prioritariamente por meio da alimentação, com base em frutas e
verduras. De acordo com a nutricionista especialista em alimentação
infantil Conciana Neves, até os seis meses a alimentação dos bebês deve
ser exclusivamente o leite materno: "A quantidade da vitamina C do leite
da mãe é suficiente; então, não é necessário nem água, nem chá, só o
leite, como o Ministério da Saúde recomenda".
"Um dos maiores benefícios da vitamina C é que estimula o sistema
imunológico porque ela ajuda na absorção do ferro e retarda o
envelhecimento precoce", explica a nutricionista. Quando a criança não
recebe a quantidade adequada da vitamina, aumenta o risco de desenvolver
problemas de saúde. De acordo com Conciana, os pequenos podem ter
dificuldade na cicatrização, fragilidade dos ossos e dos dentes, anemia,
aumento do risco de infecções e de sangramento de gengiva etc.
A mãe Valéria Cardoso, 39 anos, não tem problemas com a alimentação
da filha caçula, Camila, 4, uma vez que a menina gosta das principais
fontes de vitamina C: "Ela adora fruta. No colégio, tem um dia em que as
crianças devem levar frutas para o lanche, e ela é a campeã. Abacaxi,
laranja, goiaba, ela come todas". É por isso, segundo Valéria, que dos
exames que a filha fez, em nenhum foi detectado deficiências de
vitaminas. "Ela come gostando", afirma.
Existem algumas mães que dão
suplemento da vitamina C para os filhos, porém a recomendação dos
nutricionistas é de que as doses diárias sejam obtidas através dos
alimentos. "A dose que o organismo precisa é uma dose baixa, pode ser
obtida facilmente através dos sucos ou da própria fruta", diz Conciana.
Segundo ela, o suplemento só é recomendado em casos específicos: "Tem
que avaliar cada criança; se a alimentação realmente está deficiente".
O consumo em excesso desses suplementos também podem causar alguns
malefícios. "Eles têm uma concentração muito elevada da vitamina que o
organismo não absorve e sai pela urina. Às vezes, pode até causar uma
sobrecarga renal", explica. Algumas mães preferem utilizar a vitamina em
forma de balas, que também exige cuidados: "Não se recomenda que a
criança consuma o suplemento em forma de balinhas e jujubas diariamente
porque elas são doces".
Segundo a nutricionista, existe um limite tolerável da vitamina
para cada pessoa, que varia por sexo e faixa etária. Crianças de um a
três anos, por exemplo, devem ingerir até 400mg da vitamina C por dia;
de quatro a seis, o limite é 500mg. A partir dos oito anos, os pequenos
já são separados por sexo. "É muito difícil ultrapassar essa quantidade
apenas com a alimentação. Mas no caso do suplemento, alguns chegam a ter
2 gramas; não é necessário, nem bom. Porque normalmente a pessoa já
recebe o que precisa só com o que come", recomenda Conciana.
A gerente de empresas Viviane Aguiar, 32 anos, utiliza o suplemento
quando seus filhos se sentem indispostos. "Minha filha de um ano, Maria
Cecília, estava gripando com muita frequência, então ela passou 60 dias
tomando um medicamento que tinha vitamina C [na composição], indicado
pela pediatra", disse. Cecília e o irmão Romero, de 6 anos, costumam
consumir frutas e suco com frequência: "Graças a Deus eles são bons para
comer frutas, eu busco muito pelo suco, acerola, caju". A nutricionista
enfatiza que a vitamina não cura a gripe, mas pode previni-la: "Ela
estimula o sistema imunológico".
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