A segunda audiência no julgamento de Eike Batista por crimes contra o mercado, na Justiça Federal do Rio, prevista para acontecer no próximo dia 17, foi cancelada e não deverá mais acontecer este ano. O adiamento, segundo a reportagem apurou, foi pedido pelo Ministério Público Federal no Rio, com o objetivo de analisar outras três denúncias envolvendo Eike e sete ex-gestores da ex-OGX (hoje Ogpar), feitas pela procuradora Karen Kahn, em São Paulo, e enviadas à Justiça Federal do Rio.
As denúncias, relacionadas a supostas irregularidades em atos à frente da ex-OGX (hoje Ogpar) e OSX, foram remetidas a foro fluminense porque a Justiça Federal em São Paulo entendeu que os possíveis crimes apontados ocorreram no Rio, sede das empresas e endereço dos acusados. Criador das duas empresas, Eike ainda controla a OSX e tornou-se recentemente minoritário na ex-OGX depois de acordo com credores no plano de recuperação judicial.
O Ministério Público Federal no Rio vai
analisar se mantém as denúncias feitas pela procuradora Kahn ou se
consolida as informações em uma nova denúncia. A avaliação inicial é que
os fatos apurados estão interligados. Com a decisão, será necessário
abrir novos prazos para que os acusados apresentem as defesas. Os
procuradores no Rio analisarão, ainda, pedidos de perícia feitos pela
defesa em relação ao caso que já está em julgamento. Também foram
enviados ao Rio pedidos de medidas cautelares feitas pela procuradora
Kahn, envolvendo quebra de sigilo e arresto de bens, que não chegaram a
ser julgados em São Paulo.
Do NE10
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