O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras
Paulo Roberto Costa citou ainda 11 deputados que estariam envolvidos no
esquema de propina na estatal. A assessoria de imprensa da Presidência
da Câmara afirmou que "não há qualquer hipótese de verdade" no
envolvimento do presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN),
com irregularidades na Petrobras. O deputado Alexandre José dos Santos
(PMDB-RJ) disse que foi Costa quem pediu ajuda a ele para se aproximar
do ex-prefeito de Itaboraí, Sérgio Soares (PP). Segundo o deputado, o
ex-diretor da Petrobras queria conversar com o ex-prefeito sobre o
Comperj.
"Por que eu receberia alguma coisa dele?", disse o deputado
quando questionado se recebeu propina intermediada por Costa. O deputado
federal Luiz Fernando Faria (PP-MG) afirmou, via assessoria, que os
contato com o ex-diretor "se deram exclusivamente por dever de ofício",
quando era presidente da Comissão de Minas Energia em dois períodos,
entre 2008 e 2011, e relator de um dos projetos do pré-sal. Nelson
Meurer (PP-PR) disse "não saber de nada" sobre sua menção e questionou o
fato de a reportagem ter tido acesso à delação de Costa. "Se está em
sigilo, como é que vocês têm acesso? O ministro (do STF) vai colocar
isso a público e ai eu vou dar o meu pronunciamento." A assessoria de
João Pizzolatti disse que o parlamentar desconhece o inquérito.
O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) negou as acusações. "Eu nunca recebi um centavo do Paulo Roberto Costa, nunca apresentei nenhuma empresa a ele e nunca levei nenhuma empresa para falar com o Paulo Roberto Costa. Não acredito que ele tenha dito porque se ele disse é mentira." Vander Loubet (PT-MS) disse estar surpreso. "Nunca tive nenhum tipo de relação com ele." Marcelo Leal, advogado de Pedro Corrêa (PP-PE), que cumpre prisão domiciliar por envolvimento no mensalão, não quis falar.
A filha
do ex-deputado, a parlamentar Aline Corrêa (PP-SP) disse não ter
"nenhuma relação com o Sr. Paulo Roberto Costa e que as doações à sua
campanha foram feitas de forma oficial". Sobre a menção ao nome do
ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, o partido, por meio da assessoria,
afirmou que defende a investigação de todos os envolvidos. Procurados,
os senadores Delcídio Amaral (PT-MS), Benedito de Lira (PP-AL) e os
deputados José Otávio Germano (PP-RS) e Simão Sessim (PP-RS) não
quiseram se pronunciar.
Estadão Conteúdo
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