Menos de duas semanas depois de reduzir de 3% para 2% a estimativa de
crescimento da economia em 2015, o governo voltou a diminuir a projeção
para o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no
país) para o próximo ano. Documento enviado hoje (4), pelo Ministério do
Planejamento, à Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional
reduziu para 0,8% a previsão de crescimento do PIB no ano que vem.
A
estimativa aproxima-se das previsões do mercado financeiro. Segundo o
boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central com instituições
financeiras, o mercado acredita em crescimento de 0,77% do PIB em 2015. A
nova previsão será incorporada ao projeto da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) de 2015, em discussão no Congresso. O Ministério do
Planejamento prevê crescimento de 2% do PIB em 2016 e de 2,3% em 2017.
O
Ministério do Planejamento também reduziu a meta de superávit primário,
em 2015. A nova meta será de R$ 55,3 bilhões, já descontando R$ 28,7
bilhões referentes aos gastos com obras do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC). A meta anterior, que constava no projeto da Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviado ao Congresso em abril, previa uma
poupança de R$ 86 bilhões, já considerado o desconto do PAC.
Segundo o Ministério do
Planejamento, a nova meta para o setor público representa uma redução de
2% para 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), número que já havia sido
anunciado pelo futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na semana
passada.
O Ministério do Planejamento informou que a atualização
“decorre da mudança do cenário macroeconômico ocorrida após o envio do
PLDO, em abril deste ano, e das novas metas anunciadas para o período
2015 a 2017”.
Jornal do Brasil
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