A
presidente Dilma ficou, segundo assessores, “enfurecida” com o cálculo
feito por consultorias independentes indicando a necessidade de dar uma
baixa de R$ 88,6 bilhões em ativos da estatal. Na avaliação do Palácio
do Planalto, o número foi calculado de forma “amadora” e colocou na
mesma cesta ativos bons com outros contaminados pela corrupção
investigada na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
O governo, aliás, preferia que o valor não fosse divulgado pelo
conselho de administração da estatal, o que acabou acontecendo por
pressão de conselheiros na reunião da terça-feira (27). Internamente, o
governo classificou o cálculo como “rudimentar”, feito de maneira
“amadora”, porque nem sequer usou projeções importantes da empresa para
definição dos valores. Para o governo, a divulgação acabou criando a
imagem de que os ativos da estatal precisam ser baixados não só por
causa de corrupção, mas também por incompetência administrativa.
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