quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Leitura "desde cedo" levou à nota máxima no Enem, diz estudante

Leitora voraz, a estudante Taiane Cechin, 17, está entre os 250 estudantes que tiraram a nota máxima na redação do Enem. Na prova, que teve 6,19 milhões de candidatos em todo o Brasil, mais de 529 mil alunos zeraram a prova de texto, segundo o Ministério da Educação.

Moradora de Veranópolis (a 126 km de Porto Alegre), cidade da serra gaúcha com pouco mais de 25 mil habitantes, Taiane está no terceiro ano do colégio privado Regina Coeli, mas estudou todo o ensino fundamental em uma escola pública, a Irmão Arthur Francisco.

A garota é filha de um operário e de uma professora de português, de quem foi aluna na sétima série. "Eu tinha dificuldade em chamá-la de professora, foi uma experiência ímpar", relembra. Por meio do exemplo da mãe e das experiências nos anos iniciais da escola, Taiane se apaixonou pela leitura. "Adquiri esse prazer por frequentar a biblioteca da escola. Mas não só em busca do conteúdo das aulas, mas de conhecimentos gerais", conta.

A menina loira que gosta de "Harry Potter", "Senhor dos Anéis" e "Crônicas de Gelo e Fogo" prestará vestibular para medicina. Mas, além das leituras "por prazer", Taiane não deixa de lado as leituras obrigatórias dos vestibulares. Como era de se esperar, a mãe professora está orgulhosa do feito de Taiane. "Estava demorando para sair o resultado, ela estava nervosa. Quando ela viu a nota mil, choramos e nos abraçamos. Fiquei muito feliz", conta Neli Cechin, 48.
Cristiane Zanette, 36, atual professora de português e redação de Taiane, diz que passou exercícios para treinar uma das competências exigidas pela prova, a "proposta de intervenção". Trata-se de sugerir soluções para o tema proposto. "Brinco que eles devem fingir [no texto] que são presidentes e precisam tomar uma providência", explica a professora.

O tema da redação deste ano, a publicidade infantil, foi uma surpresa para Taiane. Mas, mesmo assim, ela conseguiu usar argumentos ensinados por Cristiane, como evocar autoridades. Taiane citou o jurista Rui Barbosa em seu texto. "Eu sabia que tinha articulado bem, mas não sabia se a redação tinha ficado boa", diz Taiane.

Da Folhapress 

Nenhum comentário:

Postar um comentário