Um soldado da Polícia Militar de 41 anos, que em março do ano passado
foi considerado incapaz de exercer suas atividades por apresentar
problemas psicológicos e inapto em definitivo para portar arma de fogo,
confessou ter matado a tiros a própria mulher. Givanilda Anselmo de
Farias Freire, de 44 anos, estava com o marido dentro do carro da
família quando levou cinco tiros. O crime aconteceu na tarde desta
sexta-feira (6) no sítio Riacho Fundo, na zona rural de Barcelona, distante 90 quilômetros de Natal.
Com medo de solfrer alguma represália, Wiclay de Jesus da Silva Freire
fugiu do local do crime. Contudo, pouco tempo depois, pegou um ônibus e
procurou a Delegacia de Plantão da Zona Sul de Natal,
onde se apresentou e admitiu ter matado a esposa. “Eu a amava, mas tive
um apagão. Estava no carro quando minha mente apagou. Quando acordei,
já tinha acontecido e ela estava morta”, disse o soldado. Após ser
ouvido, ele foi liberado pelo delegado Carlos Queiroz e deve responder
pelo homicídio em liberdade.
O delegado explicou que Wiclay não ficou preso porque ele se apresentou
espontaneamente para confessar o crime, o que impediu a prisão em
flagrante. Além de ter sido autuado pelo homicídio, o soldado também
deve responder por estar com um revólver, já que a junta médica da PM
também o considerou inapto para o uso de qualquer armamento de fogo. A
arma, que tinha cinco munições deflagradas e uma intacta, foi
apreendida.
Wiclay afirmou que não queria ter matado a mulher. Ele contou que
Givanilda havia saído de casa fazia cinco dias, e que ele não aceitava o
fim do relacionamento. “Eu não queria me separar dela. Agora estamos
separados para sempre”, lamentou. “Estou arrependido”, acrescentou.
Enquanto casados, Wiclay e Givanilda tiveram três filhos: uma criança de 2 anos, outra de 10 e um adolescente de 17.
G1-RN
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