O Ministério da Saúde anunciou hoje (6)
que começou a distribuir o teste oral para diagnóstico de aids à rede
pública de Saúde do país. Para o exame é extraído, com uma haste, um
fluido entre a gengiva e o começo da mucosa da bochecha. O resultado sai
em até 30 minutos. Segundo a pasta, os testes estarão disponíveis em
todo o país no decorrer do ano.
A vantagem apontada pelo Ministério da
Saúde para este tipo de exame é que, diferentemente dos testes rápidos
já disponíveis, este dispensa a coleta de sangue. Cerca de 14 mil
pessoas já fizeram o teste em um projeto-piloto chamado Viva Melhor
Sabendo, parceria do ministério com 60 organizações da sociedade civil. A
abordagem foi feita nas populações com maior incidência de aids, como
transexuais, homossexuais, pessoas que usam drogas e profissionais do
sexo, em bares, parques e outros locais de concentração LGBT (lésbicas,
gays, bissexuais, transexuais e travestis). Foram distribuídos 140 mil
testes, em janeiro, para organizações não governamentais (ONGs). Entre
os testados, 381 deram positivo para Vírus da Imunodeficiência Humana
(HIV, na sigla em inglês).
O governo estima que das cerca de 750
mil pessoas que vivem com HIV-aids no Brasil, 150 mil não saibam que são
portadoras do vírus. Para o Ministério da Saúde, o número de testes
positivos nas ações das ONGs mostra índice maior em relação aos dados da
população em geral. Enquanto a taxa de prevalência do HIV na população
geral do Brasil é 0,4%, na população de travestis é 12%. Já nos grupos
de transexuais, gays e profissionais do sexo masculino a prevalência é
5% em média.
Quando o resultado dá positivo para HIV,
a pessoa é encaminhada à rede de serviço de referência previamente
organizada para diagnóstico e tratamento em cada município-sede do
projeto. Depois de iniciado o tratamento, em até seis meses a carga
viral fica indetectável, o que impede novas transmissões do vírus.
Segundo o Ministério da Saúde, a
população brasileira terá no carnaval deste ano 120 milhões de
preservativos disponíveis gratuitamente. A ação faz parte da campanha
“Partiu teste”, voltada principalmente para os jovens, com base no tripé
camisinha + teste + medicamento.
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