O governo ficou chocado com a pesquisa Datafolha divulgada neste
domingo (8) e ainda não tem uma estratégia para reagir à queda de 19
pontos na aprovação da presidente Dilma Rousseff revelados pela
sondagem. Por ora, o diagnóstico feito por integrantes do governo é o de
que a população se sentiu traída pelo discurso feito pela candidata
Dilma durante a campanha e a realidade mostrada no período
pós-eleitoral: energia mais cara, racionamento de água em São Paulo e
apagão em alguns Estados do país.
Além disso, membros do Executivo fazem uma autocrítica sobre o
processo de anúncio das medidas de ajuste fiscal, que envolveram aumento
de tributos, bloqueio provisório de gastos, corte de subsídios para o
setor elétrico e mudanças nas regras de benefícios sociais.
A avaliação é que o governo alimentou a expectativa negativa sobre o
futuro próximo, sem conseguir explicar que o cenário de aperto se
destinava a preservar conquistas da última década. A parcela da
população que considera o governo de Dilma ótimo e bom caiu de 42% para
23% de dezembro para fevereiro. No mesmo período, a fatia que disse
achar o governo ruim e péssimo passou de 24% para 44%.
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