sábado, 28 de fevereiro de 2015

Violência pode provocar câncer, doenças mentais e obesidade

medicoApesar de que desde o ano 2000 os homicídios em todo mundo estejam em queda, só em 2012 morreram assassinadas 475.000 pessoas, a maioria homens entre 15 e 29 anos, e entre eles a maioria vítima de armas de fogo. A cifra está no “Relatório sobre a situação mundial da prevenção da violência 2014”, elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com dados fornecidos por 133 países.

O fenômeno da violência interpessoal (quando uma pessoa lesiona outra intencionalmente) é considerado pela OMS como um problema de saúde pública disseminado em todo o mundo e que pode ter severas consequências em longo prazo. Segundo o relatório, uma de cada quatro crianças foi vítima de abusos físicos (a cifra cresce até três entre quatro se for contemplado outro tipo de abuso), uma de cada três mulheres foi atacada física ou sexualmente pelo parceiro, enquanto um entre cada 17 idosos foi maltratado nos últimos 30 dias.

Além das consequências imediatas (ferimentos, maus-tratos, dias perdidos de trabalho ou escola), segundo o relatório “a violência contribui para que a má saúde se prolongue durante toda a vida -especialmente no caso das mulheres e das crianças- e para uma morte prematura”.

O documento acrescenta que “muitas das principais causas de morte, como as doenças coronarianas, os acidentes vasculares cerebrais, o câncer e a AIDS estão estreitamente vinculadas com experiências de violência por meio do tabagismo e do consumo indevido de álcool e drogas e pela adoção de comportamentos sexuais de alto risco”. Também enumera outras consequências, como transtornos do sono ou da alimentação (anorexia, obesidade), depressão e ansiedade, gravidezes involuntárias e diabetes.

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