A assessoria de imprensa do Ministério da Educação afirmou nesta
terça-feira (17) que "até o momento" está mantida a ida do ministro Cid
Gomes à Câmara dos Deputados amanhã, apesar de seu afastamento por
motivo de saúde. O ministro vai participar nesta quarta de Comissão
Geral marcada para as 15 horas, quando deve explicar aos parlamentares
sua declaração de que haveria na Casa "300 ou 400 achacadores" que se
aproveitam da fragilidade do governo. O Diário Oficial da União desta
terça trouxe despacho autorizando o afastamento do ministro para
tratamento de saúde no período de 10 a 21 de março.
A audiência para que
Cid Gomes explicasse a declaração foi marcada inicialmente para a
quarta-feira da semana passada, dia 11, mas, no dia anterior, o ministro
passou mal e foi internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, com
um quadro de "sinusite, traqueobronquite aguda e pneumopatia", o que
impediu o comparecimento dele à sessão.
A ausência do ministro e o
respectivo motivo foram informados ao presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), por ofício enviado pelo interino do MEC, Luiz Cláudio
Costa, na manhã da quarta-feira - mesmo dia da audiência, que seria à
tarde. Na data, Eduardo Cunha chamou Cid Gomes de "agressivo e
arrogante" e afirmou que, se ele estivesse realmente doente, teria a
oportunidade de comparecer à Casa na próxima quarta-feira, referindo-se
ao dia de amanhã, 18. Ele destacou que "a ausência de um ministro de
Estado convocado na data determinada implica crime de responsabilidade".
Estadão Conteúdo
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