O
plenário do Senado rejeitou hoje (17) proposta de emenda à Constituição
que faz parte das matérias relacionadas à reforma política. A PEC
mudava as regras para criação de partidos políticos, aumentando o número
de assinaturas necessárias de 0,5% para 3,5% do número total de
eleitores do país.
Com isso, subiria de 700 mil para 5 milhões o número de assinaturas
necessárias para a abertura de uma nova agremiação partidária. A
proposta visava a dificultar a criação dos chamados “partidos de
aluguel”, que nascem apenas para vender apoio político e tempo de
televisão durante as eleições, e dificilmente conseguem eleger
parlamentares. No entanto, os parlamentares contrários à proposta
alegaram que ela inviabiliza o direito legítimo de criação dos partidos
políticos e elimina as legendas menores.
Apesar de ter conseguido a maioria dos votos do plenário, a PEC não
atingiu o mínimo necessário de 49 votos para ser aprovada, tendo
recebido 47 votos favoráveis, 8 contrários e 4 abstenções. Com isso, a
PEC será arquivada. Os senadores começaram ainda a discutir propostas
relaciodas ao financiamento das campanhas eleitorais, em especial as que
tratam do financiamento público exclusivo. Mas elas não foram votadas, e
ficam na pauta para as próximas votações do plenário.
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