Um relatório elaborado pela Policia Federal a partir de escutas
telefônicas feitas pelos investigadores da Operação Zelotes revelam a
existência de uma tabela de preços para grandes empresas interessadas em
participar do esquema de corrupção no Conselho Administrativo de
Recursos Fiscais da Receita Federal. Segundo a Polícia Federal, o esquema pode ter movimentado até R$ 19 bilhões por meio de propinas pagas a conselheiros
para apagar dados no sistema do Fisco.
O relatório das escutas
telefônicas está em poder da Justiça Federal e, de acordo com o jornal
Folha de S. Paulo, mostra que a propina podia chegar a R$ 500 mil para
uma decisão final favorável dos conselheiros. Dentro do esquema, para
examinar a possibilidade de "admitir o recurso", o custo era R$ 300 mil.
Se o recurso fosse pautado para julgamento no Conselho, mais R$ 200
mil. Um pedido de vista, que paralisa a sessão de julgamento, variava
entre R$ 30 mil e R$ 50 mil.
De acordo com informações obtidas pelo
jornal O Estado de S. Paulo, a lista completa de 74 pessoas físicas e jurídicas envolvidas no esquema,
inclui bancos como Bradesco, Santander, Pactual e Safra; as montadoras
Ford e Mitsubishi; a Petrobras e até o Partido Progressista - ambos
investigados na Operação Lava Jato.
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