A
juíza Gisele Lemke, da 2ª Vara Federal de Curitiba, determinou nesta
sexta-feira (24/4) o bloqueio dos bens da empreiteira Engevix,
investigada na Operação Lava-Jato, até o valor de R$ 153,9 milhões, ao
deferir pedido liminar do Ministério Público Federal (MPF) para bloquear
o valor a fim de garantir o ressarcimento pelos prejuízos causados com
desvios de recursos na Petrobras.
A cobrança dos valores é feita em ações de improbidade de
administrativa, que correm paralelamente às ações penais, a cargo do
juiz Sérgio Moro. O bloqueio também atinge o vice-presidente da Engevix,
Gerson Almada, que está preso desde novembro do ano passado.
Na decisão, a juíza explicou que o bloqueio é uma garantia do
ressarcimento, sem atingir o capital de giro da empresa, a ponto de
prejudicar as atividades. “Na verdade, não há nesse momento processual
como saber precisamente se o valor a ser devolvido atinge o montante
indicado pelo Ministério Público Federal, pois consta da própria petição
inicial que não foram ainda localizadas todas as operações financeiras
relativas ao total dos valores que teriam sido desviados”, esclareceu
Gisele Lemke.
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