O ministro da Saúde, Arthur Chioro,
formalizou, nesta segunda-feira (13), no Diário Oficial da União (DOU), a
designação de comissão interna de sindicância para averiguar supostas
irregularidades no contrato de publicidade do Ministério apontadas pela
11ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na sexta-feira (10). A
comissão será formada por três representantes da pasta e terá 30 dias
para a conclusão dos trabalhos. Nessa fase, a Lava Jato tem uma nova
frente de investigação envolvendo contratos de publicidade em áreas que
extrapolam a Petrobras e chegam à Caixa Econômica Federal e ao
Ministério da Saúde, em molde semelhante ao descoberto no mensalão.
Uma das empresas citadas é a agência de publicidade Borghi Lowe, que tem contratos com Caixa e Saúde. A suspeita é a de que a empresa sublocava outras prestadoras de serviços para repassar valores para o ex-deputado federal pelo PT André Vargas (hoje sem partido-PR) e para seu irmão Leon Vargas, ambos presos na sexta-feira no âmbito da operação.
A fraude consistiria no desvio de uma fatia da ordem de 10% para cada contrato. Ainda na sexta-feira, o Ministério da Saúde emitiu nota anunciando a abertura da sindicância e afirmou que vai repassar as informações dos contratos de publicidade no período analisado pela PF - entre janeiro de 2009 e março deste ano - à Controladoria-Geral da União (CGU), ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Ministério Público, "para reforçar as medidas de controle e auxiliar nas investigações".
Nenhum comentário:
Postar um comentário