sexta-feira, 1 de maio de 2015

Padre diz que brasileiro não tinha ideia de que seria morto

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O padre que acompanhou o brasileiro Rodrigo Gularte nas últimas horas de vida antes de ser executado na Indonésia contou a rádios britânicas que o condenado não tinha ideia de que seria morto e insistia que estava indo para o Brasil. Gularte foi executado ao lado de outras sete pessoas nesta semana, como pena por ter traficado drogas para a Indonésia em 2004. Segundo sua defesa, sofria de esquizofrenia e desordem bipolar.

Segundo o padre Charlie Burrows, que atua na prisão de Cilacap, por três dias ele tentou explicar ao brasileiro que ele seria morto. Sem êxito. Na véspera do fuzilamento, Gularte ainda teria tido uma crise de esquizofrenia. “Ele escutava vozes o tempo todo”, disse o religioso à rádio pública de Dublin. “Eu falei com ele por uma hora e meia, tentando prepará-lo para a execução. Contei que tenho 72 anos e que logo iria para o céu. Então, disse para ele descobrir onde é minha casa e preparar o jardim para mim.”

De acordo com Burrows, o brasileiro não parecia entender. “Quando eles levaram os prisioneiros para fora da celas e colocaram correntes neles, ele (Gularte) me perguntou: ‘Eu vou ser executado?’. Eu disse que sim e que pensei que tinha explicado isso”, disse o padre.

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