O padre que acompanhou o brasileiro
Rodrigo Gularte nas últimas horas de vida antes de ser executado na
Indonésia contou a rádios britânicas que o condenado não tinha ideia de
que seria morto e insistia que estava indo para o Brasil. Gularte foi
executado ao lado de outras sete pessoas nesta semana, como pena por ter
traficado drogas para a Indonésia em 2004. Segundo sua defesa, sofria
de esquizofrenia e desordem bipolar.
Segundo o padre Charlie Burrows, que
atua na prisão de Cilacap, por três dias ele tentou explicar ao
brasileiro que ele seria morto. Sem êxito. Na véspera do fuzilamento,
Gularte ainda teria tido uma crise de esquizofrenia. “Ele escutava vozes
o tempo todo”, disse o religioso à rádio pública de Dublin. “Eu falei
com ele por uma hora e meia, tentando prepará-lo para a execução. Contei
que tenho 72 anos e que logo iria para o céu. Então, disse para ele
descobrir onde é minha casa e preparar o jardim para mim.”
De acordo com Burrows, o brasileiro não
parecia entender. “Quando eles levaram os prisioneiros para fora da
celas e colocaram correntes neles, ele (Gularte) me perguntou: ‘Eu vou
ser executado?’. Eu disse que sim e que pensei que tinha explicado
isso”, disse o padre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário