quinta-feira, 25 de junho de 2015

Agricultores guardam água da chuva e tentam vencer os desafios da seca na Paraíba

Os agricultores que vivem no semiárido brasileiro procuram utilizar estratégias para minimizar os efeitos da estiagem prolongada e garantir o sustento da família, com a manutenção das economias. As formas de armazenamento de água da chuva para consumo e irrigação, por exemplo, são as mais comuns.

A análise parte de um projeto executado há dois anos pelo Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCTI), em parceria com a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), que mapeia essas estratégias utilizadas pelos agricultores. No período de 11 a 13 de maio, pesquisadores do projeto se reuniram em Campina Grande (PB) para realizar a análise econômica e ecológica dos agroecossistemas estudados, com foco na conquista da estabilidade e da autonomia pelas famílias para conviver com os longos períodos de estiagem.

O trabalho constatou que as comunidades adquiriram capacidade de se recuperarem de eventos extremos, como é o caso das longas estiagens e escassez de recursos. Com o aumento e a estabilização dos níveis produtivos em anos normais de chuva, os agricultores apresentam maior capacidade de enfrentar os períodos prolongados de estiagem.


Segundo os resultados obtidos, a história da trajetória das famílias estudadas demonstra que o acesso a políticas públicas de terra e água, bem como a capacidade de se organizarem coletivamente para participação social, têm permitido a produção e apropriação das riquezas e propiciado maior autonomia e melhores condições para enfrentar os períodos mais críticos de escassez.
 
Paulo Petersen, da AS-PTA, organização integrante da ASA, destaca que a estratégia fundamental para promover a convivência com o Semiárido é que a maior parte das riquezas produzidas no agroecossistema fique para a família, a fim de lhe propiciar maior independência em relação ao mercado externo. 

Portal Correio 

Nenhum comentário:

Postar um comentário