Cerca
de 35% dos trabalhadores das montadoras de veículos vão ficar em casa
em junho - em férias coletivas, folgas, semanas reduzidas e lay-off
(suspensão de contratos de trabalho) -, por causa das medidas que estão
sendo adotadas em decorrência da forte retração nas vendas. Até
quinta-feira, a redução acumulada no ano era de 20% na comparação aos
primeiros cinco meses de 2014. É a maior queda em porcentual para o
período desde 1999, quando chegou a 23% na comparação com o ano
anterior.
Nesta
sexta-feira, foi a vez da General Motors anunciar férias coletivas a
1,7 mil trabalhadores da unidade de automóveis da fábrica de São José
dos Campos (SP). Toda a produção ficará parada de 15 a 30 de junho.
Nesta semana, a GM já havia comunicado aos trabalhadores a parada da
produção em São Caetano do Sul (SP) em quase todo o mês de junho, com
férias aos 5,5 mil funcionários.
De
janeiro até quinta-feira (faltando portanto um dia útil para completar o
mês), as montadoras venderam 1,090 milhão de veículos novos, ante 1,362
milhão no mesmo intervalo do ano passado. Em maio, os negócios estão
23,4% mais fracos que os do mesmo mês de 2014, com 196,4 mil unidades
vendidas. Em relação a abril, a queda é de 3,6%. "É uma crise sem
precedentes", admite o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes
de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan.
Segundo
ele, os níveis de estoque nas fábricas continuam elevados, por isso a
necessidade das empresas em adotar medidas como férias coletivas para
ajustar a produção. Moan ressalta que o ajuste fiscal - que poderia
trazer algum alívio à economia - não está concluído, as vendas estão
extremamente baixas, assim como o nível de confiança dos consumidores.
O Estado de S. Paulo
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