segunda-feira, 1 de junho de 2015

Crise leva um terço dos trabalhadores de montadoras a ficar em casa em junho

1432945077343Cerca de 35% dos trabalhadores das montadoras de veículos vão ficar em casa em junho - em férias coletivas, folgas, semanas reduzidas e lay-off (suspensão de contratos de trabalho) -, por causa das medidas que estão sendo adotadas em decorrência da forte retração nas vendas. Até quinta-feira, a redução acumulada no ano era de 20% na comparação aos primeiros cinco meses de 2014. É a maior queda em porcentual para o período desde 1999, quando chegou a 23% na comparação com o ano anterior.

Nesta sexta-feira, foi a vez da General Motors anunciar férias coletivas a 1,7 mil trabalhadores da unidade de automóveis da fábrica de São José dos Campos (SP). Toda a produção ficará parada de 15 a 30 de junho. Nesta semana, a GM já havia comunicado aos trabalhadores a parada da produção em São Caetano do Sul (SP) em quase todo o mês de junho, com férias aos 5,5 mil funcionários.

De janeiro até quinta-feira (faltando portanto um dia útil para completar o mês), as montadoras venderam 1,090 milhão de veículos novos, ante 1,362 milhão no mesmo intervalo do ano passado. Em maio, os negócios estão 23,4% mais fracos que os do mesmo mês de 2014, com 196,4 mil unidades vendidas. Em relação a abril, a queda é de 3,6%. "É uma crise sem precedentes", admite o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan.

Segundo ele, os níveis de estoque nas fábricas continuam elevados, por isso a necessidade das empresas em adotar medidas como férias coletivas para ajustar a produção. Moan ressalta que o ajuste fiscal - que poderia trazer algum alívio à economia - não está concluído, as vendas estão extremamente baixas, assim como o nível de confiança dos consumidores.

O Estado de S. Paulo 

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