O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, em prisão domiciliar
desde outubro do ano passado, prestou depoimento na terça-feira (2) à
Justiça Eleitoral, no Rio, em processo movido pelo PSDB que apura se
houve repasse de recursos desviados da estatal em forma de doações
oficiais à campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff, em 2014.
Costa reiterou as informações dadas em sua delação à Operação Lava Jato,
sobre um repasse à campanha presidencial do PT de 2010, mas disse não
ter conhecimento de pagamentos em 2014 já que deixou a Petrobras em
2012.
Costa já havia relatado o suposto pagamento de R$ 2 milhões à
campanha de Dilma, em 2010. Segundo ele, o repasse foi feito a pedido do
doleiro Alberto Youssef, que nega a afirmação do ex-diretor. Para
integrantes da Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral, o depoimento
desta terça não trouxe fatos concretos que possam fazer a investigação
avançar em relação a 2014. A Ação de Investigação Judicial Eleitoral
movida pelo PSDB foi aberta em 18 de dezembro, dia da diplomação de
Dilma.
O processo questiona a coligação da presidente por "abuso do
poder econômico e político" e por "obtenção de recursos de forma
ilícita". Noronha quer esclarecer com as testemunhas se Costa e Youssef
repassaram propinas aos partidos e à campanha à reeleição de Dilma.
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