A presidente Dilma Rousseff ficou muito
irritada com todo este problema criado pelos senadores de oposição,
liderados pelo tucano Aécio Neves (PSDB-MG), que decidiram ir à Caracas para
uma visita de solidariedade aos representantes da oposição venezuelana, que
estão presos no país vizinho, acusados de incitar o uso da violência nos
protestos de 2014 contra o presidente Nicolás Maduro.
Dilma achou que esta
iniciativa da oposição colocou o governo brasileiro em uma espécie de
"armadilha", criando um "constrangimento" para o Brasil. O
Planalto considera que a viagem foi uma intromissão em assuntos internos da
Venezuela. No final desta tarde de quinta-feira (18) o presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ligou para a presidente Dilma para conversar
sobre a saia justa enfrentada pelos senadores naquele país, onde foram
hostilizados por manifestantes pró-Maduro, quando estavam a caminho de uma
reunião com opositores.
No entendimento do governo, se os venezuelanos decidissem vir ao Brasil, por exemplo, verificar alguma de nossas condições, o Congresso brasileiro, assim como o governo federal, rechaçariam a ideia e criariam obstáculos. Mesmo assim, o Ministério da Defesa e o Palácio do Planalto concordaram em ceder o avião da FAB para a viagem dos senadores, atendendo a um pedido de Renan e da comissão de Relações Exteriores do Senado.
Estadão Conteúdo
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