quarta-feira, 24 de junho de 2015

Grupo colocava dados falsos em sistema para fraudar o INSS, diz PF

 

A Polícia Federal prendeu sete pessoas durante uma operação realizada na manhã desta terça-feira (23) que investigou um suposto esquema de desvio de recursos do INSS. Foram detidos três servidores e um intermediário por participação na suposta fraude. Outras três pessoas foram presas em flagrante por posse ilegal de arma. Segundo a PF, o esquema desviou R$ 31 milhões, mas a fraude podia chegar a R$ 170 milhões.

De acordo com o procurador da República Onésio Soares Amaral, uma médica perita também é investigada. Ela retroagia o tempo de incapacidade e dava atestados de doenças falsas para que o beneficiário conseguisse se aposentar por invalidez, disse. Segundo Amaral, ao perceber que a fraude poderia ser descoberta, a médica se mudou para Alagoas.

De acordo com a PF, o grupo atuava em duas frentes das fraudes – benefícios urbanos e rurais. Para desviar os recursos públicos, alguns servidores da Previdência Social inseriam dados falsos em sistemas previdenciários, concedendo benefícios a quem não tinha direito, informou a polícia.

Os benefícios rurais eram concedidos com auxílio de declarações falsas do sindicato rural local, segundo as investigações. O esquema criminoso contava com apoio de despachantes, contadores, empresários, atravessadores junto ao INSS, e tinha a participação de advogados.

Todas as prisões ocorreram em Formosa, no Entorno do Distrito Federal. Cerca de 300 policiais federais cumpriram 78 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão temporária e 70 de condução coercitiva – quando o suspeito é levado para a delegacia para prestar depoimento. Também participaram da ação 60 servidores da Previdência Social.

Fraude
Os mandados foram cumpridos em Formosa (GO), Goiânia (GO), Palmas (TO), Maceió (AL), Uberlândia (MG), Buritis (MG) e no Distrito Federal. Os principais alvos foram servidores do INSS, beneficiários e intermediários do esquema.

A Polícia Federal informou que as investigações começaram após a corporação constatar uma fraude de R$ 6 milhões, atingindo 51 benefícios. Na segunda fase de apuração, foram encontrados 400 benefícios fraudados – o que dá o rombo de R$ 31 milhões.

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