A Polícia Federal prendeu sete pessoas durante uma operação realizada
na manhã desta terça-feira (23) que investigou um suposto esquema de
desvio de recursos do INSS.
Foram detidos três servidores e um intermediário por participação na
suposta fraude. Outras três pessoas foram presas em flagrante por posse
ilegal de arma. Segundo a PF, o esquema desviou R$ 31 milhões, mas a
fraude podia chegar a R$ 170 milhões.
De acordo com o procurador da República Onésio Soares Amaral, uma
médica perita também é investigada. Ela retroagia o tempo de
incapacidade e dava atestados de doenças falsas para que o beneficiário
conseguisse se aposentar por invalidez, disse. Segundo Amaral, ao
perceber que a fraude poderia ser descoberta, a médica se mudou para
Alagoas.
De acordo com a PF, o grupo atuava em duas frentes das fraudes –
benefícios urbanos e rurais. Para desviar os recursos públicos, alguns
servidores da Previdência Social inseriam dados falsos em sistemas
previdenciários, concedendo benefícios a quem não tinha direito,
informou a polícia.
Os benefícios rurais eram concedidos com auxílio de declarações falsas do sindicato rural local, segundo as investigações. O esquema criminoso contava com apoio de despachantes, contadores, empresários, atravessadores junto ao INSS, e tinha a participação de advogados.
Todas as prisões ocorreram em Formosa, no Entorno do Distrito Federal.
Cerca de 300 policiais federais cumpriram 78 mandados de busca e
apreensão, quatro de prisão temporária e 70 de condução coercitiva –
quando o suspeito é levado para a delegacia para prestar depoimento.
Também participaram da ação 60 servidores da Previdência Social.
Fraude
Os mandados foram cumpridos em Formosa (GO), Goiânia (GO), Palmas (TO), Maceió (AL), Uberlândia (MG), Buritis (MG) e no Distrito Federal. Os principais alvos foram servidores do INSS, beneficiários e intermediários do esquema.
Os mandados foram cumpridos em Formosa (GO), Goiânia (GO), Palmas (TO), Maceió (AL), Uberlândia (MG), Buritis (MG) e no Distrito Federal. Os principais alvos foram servidores do INSS, beneficiários e intermediários do esquema.
A Polícia Federal informou que as investigações começaram após a
corporação constatar uma fraude de R$ 6 milhões, atingindo 51
benefícios. Na segunda fase de apuração, foram encontrados 400
benefícios fraudados – o que dá o rombo de R$ 31 milhões.
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